1. Complete a segunda coluna com as figuras
de linguagem adequadas a cada frase.
a) Comparação b) Metáfora
a) Comparação b) Metáfora
c) Catacrese d) Metonímia
e) Personificação ou prosopopéia
f) Hipérbole g) Sinestesia
h) Antítese i) Ironia
j) Eufemismo
( ) “Ah,
miserável”, esbravejou a morte. (Millôr)
( )
Me sinto sozinho no meio da multidão.
( )
Vou morrer de estudar.
( ) Ele
foi para o reino de Deus.
( )
Deixei o livro ao pé da cama.
( ) Tinha
um riso franco como o das crianças.
( )
Tomei uma taça de vinho.
( )
É um bom goleiro... Só marcaram 7 gols.
( ) Sua
namorada é uma flor.
( )
A luz dos sons me contempla. (T. Silveira)
2. Assinale os elementos de uma crônica.
Lembre-se cada resposta errada excluí uma correta.
( )
Título comum.
( )
Uma ou várias personagens, inventadas ou não – o autor pode ser uma delas.
( )
Não pode ser enredo do dia-a-dia.
( )
Foco narrativo em primeira ou terceira pessoa.
( )
Linguagem coloquial.
( ) Título sugestivo.
( )
O autor não pode ser personagem.
( )
Usa somente a língua padrão.
( )
Tons: poético, humorístico, irônico ou reflexivo.
( )
Desfecho.
( ) Cenário
curioso.
( ) No
enredo tem um episódio banal do dia a dia.
( )
A crônica é ambientada somente em cidades.
( )
O tom da crônica é exclusivamente reflexivo.
( )
As personagens devem ser somente reais.
( )
Não tem desfecho.
4. “Ele
foi dessa para melhor” é
a) comparação b)
eufemismo
c) hipérbole d)
perífrase
5. “A
chuva caia triste” é
a) prosopopéia b) comparação
c) metonímia d) metáfora
5. “Te
trago mil rosas roubadas” é
a) comparação b) hipérbole
c) metonímia d) metáfora
6. A
metáfora aparece em
a) A rainha dos baixinhos estava no programa.
b) Dor é tal qual amor.
c) Nunca mais vou respirar se você não me
tocar.
d) Paulo é minha vida.
Leia e responda a crônica Cobrança (M. Scliar)
Ela abriu a janela
e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava
um cartaz, cujos dizeres atraíam a aten-ção dos passantes: "Aqui mora uma
devedora inadimplente".
― Você não pode
fazer isso comigo ― protestou ela.
― Claro que posso ―
replicou ele. ― Você comprou, não pagou. Você é uma devedora ina-dimplente. E
eu sou cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
― Não paguei
porque não tenho dinheiro. Esta crise...
― Já sei ―
ironizou ele. ― Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York
seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu
problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
― Mas você podia
fazer isso de uma forma mais discreta...
― Negativo. Já
usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei.
Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência
foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui,
carregando este cartaz, até você saldar sua dívida.
Neste momento
começou a chuviscar.
― Você vai se
molhar ― advertiu ela. ― Vai acabar focando doente.
Ele riu, amargo:
― E daí? Se você
está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
― Posso lhe dar
um guarda-chuva...
― Não quero.
Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
Ela agora estava
irritada:
― Acabe com isso,
Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
― Sou seu marido ―
retrucou ele ― e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é
devedora. Eu avisei: não compre essa ge-ladeira, eu não ganho o suficiente para
pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da
empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu
emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.
Chovia mais forte,
agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava:
continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu
cartaz.
O imaginário cotidiano. S.P.: Global,
2001.
7. O autor é observador ou personagem? Qual é
o foco narrativo da crônica, comprove com fragmentos retirados do texto.
8. Existe um elemento surpresa. Qual é?
9. Localize:
a) o conflito; b) o desfecho e c) a reflexão
10. Crie
um final para a crônica “Cobrança”.
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