10 de novembro de 2014

Finalistas do gênero memórias literárias - EEB José Boiteux

Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o futuro - 2014
Gênero textual: Memórias Literárias
Tema: O lugar onde vivo
Professora: Rosane Hart
Todos os textos foram produzidos a partir de uma entrevista com a Sra. Maria do Carmo F. Fábrica (Orientadora Educacional).
No entanto, os alunos poderiam fazer uso de sua criatividade para transformar um uma entrevista em um texto de memórias literárias. Foi um longo trabalho...
Os resultados foram maravilhosos... Confira!

  
Minhas memórias

            Eu nasci no Rio de Janeiro, morei lá até meus quatorze anos. Meu pai era militar, então tínhamos que nos mudar frequentemente, não era fácil se acostumar em tão pouco tempo e já ter que mudar de novo. Eu já tive que ir pra Vitória, Rio grande do Sul, algumas cidades em Santa Catarina e, por último, em Florianópolis.
            Nessas e outras idas conheci meu marido – estamos juntos até hoje -, nos casamos e tivemos quatro filhas.
            Quando nos casamos meu marido teve uma promoção no emprego e nos mudamos para Florianópolis. Aqui as pessoas tinham hábitos e jeitos diferentes de falar, elas eram mais reservadas e tinham um linguajar “sujo”. Eu não era acostumada a ouvir ou falar aquelas palavras, pelo menos não com tanta frequência.
            A coisa mais importante para mim era o relacionamento com as pessoas. Eu adorava falar com as pessoas, ter contato com elas, e quando me mudei pra cá pelo fato das pessoas serem mais quietas, eu levei um tempo para arranjar amigos.
            Quando eu morava no Sul, lá era muito frio, diferente do clima do Rio. No Rio havia calor, uma brisa quente, lá havia praias, havia também a minha família e eu também me sentia mais em casa.
            E no Sul havia uma brisa fria, mas boa. Eu usava um poncho, ele era bem quente e fazia com que aquele frio se quebrasse como se o poncho fosse uma barreira. O frio só batia no meu rosto. Também havia um vazio que era a minha família longe de mim.
            O Rio também me fazia lembrar da minha infância, da época que eu brincava de escola e adorava “ensinar meus brinquedos”. Passando da minha infância agora eu só tenho sonhos, quando me aposentar eu quero comprar uma chácara, eu me imagino lá, brincando com meus três cachorros, dando milho para as minhas galinhas, vendo os meus passarinhos e andando com minha charrete.

Aluna: Maiara Luiza Pedro D.
Turma: 801

           Minha vida em poucas linhas

Minha vida, nossa! Contar da minha vida! Histórias e tudo mais.
            Eu nasci no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro! Cidade maravilhosa, clima muito bom. Morei lá até os quinze anos, mas como meu pai era militar me mudava sempre.
            Meu próximo destino? Vitória. Vitória era um lugar de povo e clima encantador. Lugar de praias lindas, quando eu ia para a praia, nossa! Tinha tanta vergonha, andar de biquíni na frente de todos. Mas aos poucos, fui perdendo a vergonha, e se for preciso hoje ando de biquíni sem nenhuma vergonha.
Depois de três anos voltei para o Rio, como já era maior, tinha que trabalhar. Fui trabalhar no banco para pagar meus estudos.
Foi no Rio de Janeiro que conheci meu marido. Como meu pai, ele também era militar. Foi assim que fui parar no Sul. Morar no Rio Grande do Sul. O lugarzinho frio, hein. Mas um lugar lindo. Eu colocava o casaco do meu marido apenas para fazer uma coisa, e que coisa! Ir para a rua só para sentir o vento Minuano batendo em mim. Oh! Coisa boa!
Logo depois me mudei para Florianópolis. Oh, cidadezinha de pessoas que são difíceis de relacionar-se. E fui trabalhar na escola José Boiteux.
Tenho quase sessenta anos e ainda lembro da minha infância. Lembro que quando era criança eu brincava mais com os meninos, era considerada uma moleca, pois subia em árvore, brincava de bola e andava de carrinho de rolimã. Oh! Infância maravilhosa.
Sempre quis trabalhar na Assistência Social, mas como em Vitória não tinha esse curso, fiz Pedagogia – Orientação Educacional – e um sonho que tenho é que quando me aposentar gostaria de ser voluntária.
De todas as minhas lembranças essas são as principais. E que lembranças!

Aluna: Talita Helena da Silva
Turma: 802


Minhas andanças
  
            Na minha infância eu fazia muitas coisas. Eu era o que se pode dizer “arteira”. Eu adorava brincar de enconde-esconde, pega-pega e outras brincadeiras com travessão no meio. Gostava muito de futebol, apesar de ser menina. A bola era muito dura porque era feita de couro puro. Acho que toda vez que eu chutava a bola eu ouvia um mugido.
            A maior parte da minha infância ocorreu no Rio Grande do Sul e aquele friozinho ainda gela os pensamentos que eu tenho daquele lugar. Ao contrário do lugar onde nasci – Rio de Janeiro – que 20 graus é frio. Depois aos quinze anos me mudei para Vitória. Depois me casei e fui para o Rio Grande do Sul.
            No Rio Grande do Sul a vida era bem mais difícil naquela época, pelo frio, pela comida. Por exemplo: você acordava de manhã colhia o café, moía, pegava leite da vaca e vòila! Você tem um café! Aquele lugar está marcado em minha mente com todas as outras lembranças.
            Quando cheguei aqui na escola José Boiteux, fui bem recebida pelo diretor Rubens – que trabalhava aqui na época. Pela Fátima, pela Cleusa, pela Rosane ... entre outras. Aqui para mim é um lar, não pelas coisas materiais, mas pelas amizades.
            Meu sonho era trabalhar voluntariamente em um hospital. Queria ter cachorros, mas moro em apartamento, por isso não dá. E queria também ter uma mini fazendinha.

Aluno: Álvaro Luiz Hart Bremm
Turma: 701


Nasci, cresci e vou continuar crescendo...

Nasci no Rio de Janeiro. Fui pro Espírito Santo. Fui morar no Rio Grande do Sul e  hoje estou aqui em Santa Catarina.
Sou Orientadora em uma escola chamada José Boiteux, em Florianópolis (SC).
As primeiras diferenças  que eu senti foram as mudanças do clima. Depois a diferença na fala das pessoas. Também notei que as pessoas são mais afastadas umas das outras.
Quando eu era criança era muito bagunceira. Quando eu estudava, nós, os alunos, chegávamos e cantávamos o Hino, depois íamos para a sala e ficávamos em pé do lado da mesa para cumprimentar a professora ou professor. Os respeitávamos acima de tudo.
Depois da aula eu e meus amigos brincávamos. Nossas brincadeiras eram queimada, escorrega, garrafão e rolimã.
Eu tinha mais amigos do que amigas, mas nós nos respeitávamos. Existia um grande laço de carinho e respeito entre eu e meus amigos. Nós fomos criados na igreja católica.
Quando eu era moça, eu usava as roupas como todas as outras meninas. Vulcabrás, calça boca de sino e  minissaia. AS roupas eram muito comportadas. Eu só tinha vergonha de usar biquíni, mas com o tempo eu me acostumei.
Eu queria ser Assistente Social, mas como meu pai não deixou que eu ficasse em outro estado para me formar, então eu optei em cursar Pedagogia e ser Orientadora. Eu gosto de conversar com as pessoas. Sou uma pessoa muito emotiva, chorona. Minha maior dificuldade em trabalhar na escola foi interagir com as pessoas.
Meu sonho é morar em uma chácara, ter uma charrete e um cavalo, ter cães, galinhas e alimentar pássaros. São sonhos simples, mas são sonhos...

Aluna: Thauane Rodrigues
Turma: 702


Um comentário:

  1. Parabéns professora Rosane. Sua prática pedagógica, fruto de muita dedicação, entusiasmo e perseverança refletem o seu prestígio diante de toda comunidade escolar.

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