11 de fevereiro de 2015

Solidão e morte...

A solidão assola muitas pessoas em todos os cantos.
Nas grandes cidades de uma forma e nas pequenas de outra.
Quando morava no interior e ouvia as pessoas relatarem que moravam em apartamentos por anos e se quer conheciam seus vizinhos achava isso impossível.
Hoje, 14 anos depois e morando em um grande centro, entendo e vivo isso.
Moro no  mesmo local, conheço os moradores mais antigos.
Os mais novos não...
Não são totalmente desconhecidos, pois nos cruzmos no portão, no estacionamento e nos corredores...
Com os mais antigos fazíamos churrasco, íamos às festinhas infantis, emprestávamos e pedíamos coisas... Eram festas de aniversários, formaturas ou sem motivo nenhum. Apenas pra rirmos e contarmos piadas... Ou tomar chimarrão...
Cuidávamos uns dos outros.
Hoje não é assim...
Percebi que um vizinho morreu, pois vi o carro da funerária levando seu corpo.
Não sei quem é, nem como vivia...
Não tenho nada para falar sobre ele, exceto que algumas vezes ouvira sua voz ou o vira no portão.
 Não compartilho da história dele...
Dele só resta a lembrança: "Era o vizinho que falava alto".
No entanto, na hora da morte estava sozinho...
Solitário, abandonado em um apartamento, coberto por um lençol.
Era o que eu vira da janela.
Enquanto isso chovia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário