De acordo com MEC, crianças deverão ser alfabetizadas mais cedo

A reportagem publicado pelo UOL EDUCACÃO:

MEC ANUNCIA MUDANÇAS NO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

causou muito desconforto entre os educadores, principalmente aqueles que trabalham com Educação Infantil e primeiros anos do Ensino Fundamental I.

Em nota ministro defende a antecipação das series nas quais deverá ser realizada a alfabetização. Para ele a alfabetização é vista como uma ferramenta de igualdade social e destaca que:

"As crianças do Brasil, as mais pobres, têm o direito de serem alfabetizadas ao mesmo tempo que as crianças das escolas privadas as pessoas mais ricas da sociedade." (MF).

Fonte: https://educacao.uol.com.br/noticias/2017/04/06/mec-anuncia-mudancas-no-conteudo-da-educacao-infantil-e-ensino-fundamental.htm

Concordo com o Sr. ministro! Sim, a alfabetização é uma ferramente de igualdade social.

Contudo façamos uma reflexão a respeito:

- Estar em uma escola privada é sinônimo de educação de qualidade? De um projeto pedagógico claro?

- Todos os alunos das escolas privadas são (ou conseguem) ser alfabetizados na idade certa?

- Somente as pessoas mais ricas estão em escolas privadas?
- Como garantir mais investimentos públicos no Ensino Fundamental, com os investimentos em Educação congelados para os próximos 20 anos?

- As escolas públicas terão a mesma disponibilidade de pessoal de apoio? Terão uma equipe pedagógica para garantir a unicidade do trabalho pedagógico?

- As crianças terão acesso à educação infantil de qualidade para que cheguem letradas à escola?

- As escolas terão bibliotecas (e demais equipamentos e materiais pedagógicos para auxiliar em seu desenvolvimento?

- Todas as crianças brasileiras têm as mesmas condições na infância?

Todas as crianças brasileiras têm seus direitos básicos garantidos?

ENTÃO COMO EXIGIR DELAS UM DESEMPENHO IGUAL?Se todas as crianças tivessem as mesmas condições, concordaria com garantir o direito para que fossem alfabetizadas ao mesmo tempo.

Mas ainda restaria uma pergunta?

Qual a necessidade de "roubar" o tempo de infância desses meninos e meninas com uma escola (tanto a particular quanto a pública) que não está preparada para recebê-los?