A estabilidade financeira, emocional ou no trabalho nos faz bem. Contudo, a instabilidade ou o "encerrar um ciclo' em nossa vida nos faz perceber novas perspectivas.
Mas é difícil...
É muito difícil abandonar velhos hábitos...
E há o medo.
O medo de enfrentarmos e não darmos conta de situações que em nosso ambiente já temos sob controle.
O medo também está presente quando há algumas mudanças que nos fazem perceber que aquilo ou algo que , antes tão importante, agora não tem tanto significado assim.
Que venham as mudanças...
Leia a reflexão feita por Sonia Hurtado (Fernando Pessoa, Paulo Coelho):
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és... E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
PS.: Há divergências quanto a autoria do texto.
Em alguns sites a autoria é dada como sendo de Fernando Pessoa, mas confirmou-se que não o é.
No Artigo de Sônia Hurtado: encerrando ciclos
explica-se a autoria da crônica: Encerrando Ciclos como sendo da colombiana Sonia Hurtado
e não de Paulo Coelho.
Veja "Alquimia literária
O mago Paulo Coelho é acusado de ‘‘transmutar’‘ texto originalmente escrito por colombianano
Veja no link a seguir: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR70729-6014,00.html
No Blog de Claudia Magalhães Barrreto, Claudia esclarece o momento de produção do texto pela autora colombiana:
"Sonia Hurtado, psicóloga e colunista colombiana, publicou “Cerrando Ciclos” no Jornal El Pais, de Cali, em 21/01/2003. “Encerrando Ciclos” teve a versão original adaptada por Paulo Coelho, que a publicou no Jornal O Globo
, em 2004, onde, na abertura de seu artigo, admitia ter encontrado o texto na internet.
No Paulo Coelho's Blog, o escritor diz não ter conseguido comprovar a autoria deste texto, que circula na internet como se ele o tivesse escrito e, por isso, teria resolvido transcrevê-lo com as modificações que fez (comparativamente falando, bem pequenas). Quando do lançamento de seu livro "O Zahir" e diante da denúncia de plágio por sua real autora, sua agente literária, Monica Antunes, afirmou que a partir dali, ano de 2008, Paulo Coelho passaria a se referir a Sonia Hurtado como a autora. Pobre Sonia Hurtado! Não só não vejo isso, como há pessoas que creditam o texto a Fernando Pessoa!"
Fonte: Blog BraimStorm
Resposta de Sonia Hurtado sobre o plágio:
O vídeo abaixo apresenta uma montagem com a crônica, no entanto, credita o texto a Fernando Pessoa:
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