28 de abril de 2009

1a OFICINA (28 de abril de 2009) - TP3

 

1a OFICINA (28 de abril de 2009) - TP3

TP3 (Unidade 10 – oficina 5)


1. Nestas duas unidades, vimos como todos nós já temos, intuitivamente, a idéia de gênero textual. Nosso objetivo, agora, é sistematizar, em forma de classificação aberta, tal conhecimento. Essa classificação é aberta porque não há uma listagem já construída que possa nos servir de guia. Nós vamos fazer a nossa “lista”.
2. Vamos agora pensar juntos sobre a transposição didática do que vimos nessas unidades sobre gêneros textuais.
Parte I (30 minutos)

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Parte II - Relato de experiência (50 minutos)

1. As alunas trabalharam com biografias
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Parte III - Proposta de atividades (120 minutos)
1. Vamos ler um texto que será o centralizador dessa nossa sistematização. Já vimos que nenhum tema é específico do gênero literário, ou da poesia. Também nenhum tema deve ser excluído dos objetivos da poesia. As finalidades do gênero e as maneiras de explorar os jogos de linguagem podem compensar um tema “pouco poético”.

2. Temos aqui a proposta de duas atividades. Você deve escolher uma para se juntar a dois ou três outros colegas e desenvolvê-las.

3. Planeje atividades de leitura, interpretação e produção de textos visando à análise, caracterização e classificação dos gêneros textuais que esses exemplos realizam.

Texto 1
O primeiro texto aqui proposto é um exemplo de como um tema do cotidiano pode ter tratamento poético e compor um gênero literário. Trata-se de um texto de Manuel Bandeira sobre uma tragédia de um brasileiro, noticiada nos jornais da época, que ele transformou em poema. Morro da Babilônia é uma favela no Rio de Janeiro e Lagoa Rodrigo de Freitas é uma lagoa na cidade do Rio de Janeiro que dá nome também a um bairro de classe média.

“Manuel Bandeira, poeta e escritor brasileiro, nasceu no Recife – PE, em 1886, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1968. Foi criança ainda para o Rio, onde interrompeu os estudos antes dos vinte anos por causa da tuberculose. Fez tratamento, inclusive na Suíça, sobreviveu à doença, mas seus versos ficaram marcados pela preocupação com o sofrimento e com a morte. Foi um dos maiores nomes do modernismo brasileiro.”

Poema tirado de uma notícia de jornal


João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia
          [num barraco sem-número]
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

Texto 2
Já vimos que a situação sociocomunicativa é que define um gênero textual: os objetivos comunicativos são o critério maior adotados para organizar as idéias em um texto. Vimos também que a oralidade e a escrita se entrelaçam na produção de alguns gêneros. As músicas que ouvimos ou cantamos são bom exemplo disso: na escrita podem ser consideradas poemas, mas a melodia com que as cantamos acrescentam a esse poema características que as tornam diferentes de um poema.
Os versos desta canção, de autoria de Gilberto Gil e Nana Caymmi, retratam um momento na vida de um trabalhador. Vamos refletir sobre isso.

Bom dia
Madrugou, madrugou
A mancha branca do sol
Acordou o dia
E o dia já levantou
Acorda meu amor
A usina já tocou
Acorda, é hora
De trabalhar meu amor
Acorda é hora
O dia veio roubar
Teu sono cansado
É hora de trabalhar
O dia te exige
O suor e o braço
Pra usina do dono
Do teu cansaço
Acorda meu amor
É hora de trabalhar
O dia já raiou
É hora de trabalhar
Madrugou, madrugou
A mancha branca do sol
Acordou o dia
E o dia já levantou
Ele sai, ele vai
A usina já tocou
Bom dia, bom dia
Até logo, meu amor.

(do disco Gil&Milton, Warner Music Brasil)
Parte IV - Avaliação da oficina (20 minutos)
Considerando os objetivos a serem atingidos e a validade das atividades propostas, faça, em conjunto com seus colegas, uma avaliação da oficina. Sugira as alterações e os ajustes que considerar necessários para que as próximas oficinas sejam produtivas.
Parte V - As próximas unidades (20 minutos)
Reflita sobre a inter-relação entre a leitura e a produção de um texto.
O que você consideraria uma “leitura ativa”?

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