8 de outubro de 2014

DAS REMEMORAÇÕES ÀS INVISIBILIDADES E APAGAMENTOS

DAS REMEMORAÇÕES ÀS INVISIBILIDADES E APAGAMENTOS
                                                                                                                           Rosane Hart (UFSC)  
                                                                                                                                                                     [1]


Pensar a Literatura atrelada ao sistema de ensino em seus vários níveis nem sempre foi a (pre)ocupação primeira dos teóricos da literatura e dos programas de pós-graduação. No entanto, há uma relação intrínseca entre história da literatura e currículos escolares.  Percebendo a historicidade de um país, percebemos igualmente que a busca por uma identidade nacional, a relevância pela “grande” literatura - o cânon - e o currículo escolar são forças que atravessaram os currículos de Letras e consequentemente responsáveis por invisibilidades e apagamentos. Minha pesquisa, nessa fase, quer pensar a ausência de um discurso crítico na prática docente provocado por recortes temáticos e historiográficos que apagam mo(vi)mentos literários. Uma das maiores ausências que se dá, provocada pelos próprios currículos de Letras, é toda a referência ao que se convencionou chamar de literatura regional, ou seja, monemas do regionalismo: autores e obras, o que permitiria uma leitura do Brasil dos anos 30-40. Até quando, por exemplo, lemos Jorge Amado, Graciliano Ramos, Rachel de Queirós, José Lins do Rego nas universidades e na escola?



[1] Doutoranda no Curso de Pós-Graduação em Literaturas pela Universidade Federal de Santa Catarina.


Trabalho apresentado no XXIX Seminário Brasileiro de Crítica Literária promovido pela PUC de Porto Alegre, realizado nos dias 07, 08 e 09 de outubro de 2014.

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