DAS REMEMORAÇÕES ÀS INVISIBILIDADES E APAGAMENTOS
Rosane Hart (UFSC)
Pensar a Literatura atrelada ao sistema de ensino em seus
vários níveis nem sempre foi a (pre)ocupação primeira dos teóricos da
literatura e dos programas de pós-graduação. No entanto, há uma relação
intrínseca entre história da literatura e currículos escolares. Percebendo a historicidade de um país, percebemos
igualmente que a busca por uma identidade nacional, a relevância pela “grande”
literatura - o cânon - e o currículo escolar são forças que atravessaram os
currículos de Letras e consequentemente responsáveis por invisibilidades e
apagamentos. Minha pesquisa, nessa fase, quer pensar a ausência de um discurso
crítico na prática docente provocado por recortes temáticos e historiográficos
que apagam mo(vi)mentos literários. Uma das maiores ausências que se dá,
provocada pelos próprios currículos de Letras, é toda a referência ao que se
convencionou chamar de literatura regional, ou seja, monemas do regionalismo:
autores e obras, o que permitiria uma leitura do Brasil dos anos 30-40. Até
quando, por exemplo, lemos Jorge Amado, Graciliano Ramos, Rachel de Queirós,
José Lins do Rego nas universidades e na escola?
[1]
Doutoranda no Curso de Pós-Graduação em Literaturas pela Universidade Federal
de Santa Catarina.
Trabalho apresentado no XXIX Seminário Brasileiro de Crítica Literária promovido pela PUC de Porto Alegre, realizado nos dias 07, 08 e 09 de outubro de 2014.
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