26 de fevereiro de 2017

Curso: Introdução à Literatura (26 aulas em vídeo) com o professor Paul Fry de Yale (USA)

Paul H. Fry é professor de Inglês em Yale e se especializou em Romantismo Britânico, Teoria Literária e Literatura e as Artes Visuais. Estudou na Universidade da Califórnia em Berkeley e em Harvard e dá aulas em Yale desde 1971.
"About Professor Paul H. Fry
Paul H. Fry is the William Lampson Professor of English at Yale and specializes in British Romanticism, literary theory, and literature and the visual arts. He was educated at the University of California, Berkeley and Harvard and has been teaching at Yale since 1971. His publications include The Poet's Calling in the English Ode, for which he was awarded the Melville Cane Award; The Reach of Criticism: Method and Perception in Literary TheoryWilliam Empson: Prophet Against SacrificeA Defense of Poetry: Essays on the Occasion of Writing; and Wordsworth and the Poetry of What We Are."
Este curso é uma pesquisa sobre as principais tendências da teoria literária no século XX. As palestras fornecem uma base para as leituras e as explicam quando necessário, enquanto tentam desenvolver um contexto amplo e coerente que incorpore perspectivas filosóficas e sociais nas questões recorrentes: o que é literatura, como é produzida, como pode ser entendida e qual é o seu propósito?

AULA 1
Publicado em 19 de jun de 2012
Palestra 1 -- Introdução
Nesta primeira palestra, o professor Paul Fry explora o título do curso em três partes: a relação entre teoria e filosofia, a questão sobre o que é e o que faz a literatura e o que constitui uma introdução. O professor situa então a emergência da teoria literária na história da crítica moderno e, através de uma análise de grandes pensadores como Marx, Nietzsche e Freud, fornece antecedentes para os desenvolvimentos teóricos do século XX.


AULA 2
"Publicado em 20 de jun de 2012
Palestra 2 -- Introdução (cont.)
Nesta segunda palestra introdutória, o professor Paul Fry explora a interrelação de ceticismo e determinismo. A natureza do discurso e a questão relacionada da discursividade é lida a partir de dois trabalhos modernos, "O Jardim das Cerejeiras", de Anton Tchekhov e "Os Embaixadores", de Henry James. Foco crítico exemplar sobre autoridade literária é localizado na conferência "O Que é um Autor?" de Michel Foucault e em "A Morte do Autor", de Roland Barthes, ambas obras lidas com ênfase nos seus contextos históricos. Objeções às abordagens e conclusões dos dois teóricos são examinadas particularmente sob a luz do surgimento dos estudos culturais.


AULA 3
Publicado em 21 de jun de 2012
Palestra 3 -- Entradas e Saídas do Círculo Hermenêutico
Nesta palestra, o professor Paul Fry examina atos de leitura e interpretação através da teoria da hermenêutica. As origens do pensamento hermenêutico são identificadas através da literatura ocidental. Os mecanismos da hermenêutica, incluindo a ideia de um círculo hermenêutico, são explorados em detalhe, com referências aos trabalhos de Hans-George Gadamer, Martin Heidegger e E. D. Hirsch. Atenção particular é dada à emergência dos conceitos de "historicismo" e "historicidade" e suas relações com a teoria da hermenêutica.


AULA 4
Publicado em 8 de ago de 2012
Palestra 4 - Leitura Configurativa

Nesta palestra, o professor Paul Fry continua a discussão sobre os os trabalhos de Hans-George Gadamer e E. D. Hirsch, que examinam mais profundamente a relação entre a leitura e a interpretação. Através da análise comparativa desses teóricos, Paul Fry explora a diferença entre sentido e significado, a relação entre entendimento e paráfrase e a natureza do distanciamento entre o leitor e o texto. Com o ensaio de Wolfgang Iser "The Reading Process", é explicada a natureza da expectativa textual e da surpresa e a teoria de sua importância universal para a narrativa. A palestra termina por considerar o papel fundamental e inescapável da premissa hermenêutica na formação canônica.



AULA 5 - A IDEIA DA OBRA DE ARTE AUTÔNOMA
Publicado em 9 de ago de 2012
Nesta palestra, o professor Paul Fry explora as origens da crítica literária formalista. É dada uma grande atenção à ascensão e consequente popularização da Nova Crítica e sua área preferida de exploração literária, o "poema". A ideia de arte autônoma é explorada nos escritos de, entre outros, Kant, Coleridge, e Wilde. Usando o trabalho de Wimsatt e Beardsley, a palestra termina com um exame das categorias aceitáveis de entendimento para a Nova Crítica.


AULA 6
Publicado em 27 de ago de 2012
Palestra 6 - A Nova Crítica e Outros Formalismos Ocidentais

O professor Paul Fry começa esta segunda palestra sobre o formalismo explorando as implicações da teoria de interpretação literária de Wimsatt e Beardsley, aplicando-as ao poema de Yeats Lapis Lazuli. Depois, ele mapeia o desenvolvimento do formalismo Anglo-americano - da literatura modernista às academias britânica e americana. O professor examina, também, as semelhanças e diferenças entre os trabalhos de I. A. Richards e de seu protegé, William Empson. A palestra acaba com uma discussão sobre a concepção de unidade de Cleanth Brooks.


AULA 7
Publicado em 27 de ago de 2012
Palestra 7 - Formalismo Russo

Nesta palestra, o professor Paul Fry explora os trabalhos dos principais formalistas russos examinados em um ensaio de Boris Eikhenbaum. Ele começa por diferenciar o formalismo russo da hermenêutica. É explicada a preferência de Eikhenbaum's pelas ideias de luta e evolução, centrais nas filosofias marxista e darwinista. São discutidas as aspirações do Formalismo de ser tomado como método e linguagem científica. São esclarecidas distinções cruciais feitas pelos formalistas entre enredo e história, linguagem prática e poética e literatura e caráter literário.

AULA 8
Publicado em 27 de ago de 2012
Palestra 8 - Semiótica e Estruturalismo

Nesta palestra, o professor Paul Fry fala do movimento da Semiótica através do trabalho de seu fundador teórico, Ferdinand de Saussure. É analisada a relação da Semiótica com a Hermenêutica, a Nova Crítica e o Formalismo russo. O professor Fry explora binômios-chave da Semiótica como langue e parole, significante e significado e sincronia e diacronia.

AULA 9
"Publicado em 19 de set de 2012
Palestra 9 - Linguística e literatura

Nesta aula sobre o trabalho de Roman Jakobson, o professor Paul Fry continua sua discussão sobre sincronia e diacronia e explora as relações entre formalismo, semiótica e linguística. Durante a aula, é discutida a interpretação estruturalista do mito de Édipo feita por Claude Levi-Strauss. Para diferenciar as funções poéticas de Jakobson, o professor Fry analisa a sentença "It is raining" de seis perspectivas. Também se dá uma atenção significativa ao uso de diagramas na teoria linguístico-literária.

Bibliografia:
Jakobson, Roman. "Linguistics and Poetics." In The Critical Tradition, pp. 871-74
Jakobson, Roman. "Two Aspects of Language and Two Types of Aphasic Disturbances." In Studies on Child Language and Aphasia. The Hague: Mouton Publishers, 1971, pp. 67-73

 

AULA 10
Publicado em 19 de set de 2012
Palestra 10 - Desconstrução I

Nesta palestra sobre Derrida e as origens da desconstrução, o professor Paul Fry explora dois trabalhos centrais de Derrida: "Structure, Sign, and Play in the Discourse of Human Sciences" e "Différance." Ele aborda a crítica de Derrida ao estruturalismo e à semiótica, particularmente à obra de Levi-Strauss e Saussure. O professor examina as principais afirmações da desconstrução de que a linguagem é arbitrária por natureza e de que o significado é indeterminado. Também são explorados conceitos-chave, como a natureza do texto, discurso, différance, suplementaridade.

Bibliografia:
Derrida, Jacques. "Structure, Sign, and Play in the Discourse of the Human Sciences" and "Différance." In The Critical Tradition, pp. 915-25 and pp. 932-39


AULA 11
Publicado em 3 de out de 2012
Palestra 11 - Desconstrução II

Nesta segunda palestra sobre desconstrução, o professor Paul Fry conclui suas considerações sobre Derrida e começa a explorar o trabalho de Paul de Man. Paul Fry sublinha a afinidade e posterior divergência de Derrida com a distinção feita por Levi-Strauss entre natureza e cultura. O professor discute a relação de De Man com Derrida, suas semelhanças e diferenças, particularmente a insistência de De Man na auto-desconstrução e sua confiança em Jakobson. A diferença entre retórica e gramática, particularmente a retorização da gramática e a gramatização da retórica, é elucidada através dos próprios exemplos de De Man, tirados de All in the Family, do poema Among School Children de William Yeats e dos romances de Proust.

Bibliografia:
De Man, Paul. "Semiology and Rhetoric." In The Critical Tradition, pp. 882-92


AULA 12
Publicado em 29 de nov de 2012
Palestra 12 - Freud e Ficção

Nesta palestra, o professor Paul Fry passa a tratar da relação entre autoria e psique. As meditações de Freud sobre as pulsões fundamentais que governam o comportamento humano são lidas através das lentes do crítico literário Peter Brooks. As origens do trabalho de Freud sobre o princípio de prazer e sua subsequente revisão são esboçadas, e lembrada a influência imediata e constante do pensamento freudiano na produção literária. Fry explora as contribuições de Brooks à teoria literária, particularmente a associação de múltiplos princípios freudianos, incluindo o princípio de prazer e a pulsão de morte e suas aplicações às estruturas narrativas. No final da palestra, o professor retorna à história infantil "Tony the Tow Truck", para sugerir a universalidade do argumento de Brooks.


AULA 13
Publicado em 4 de dez de 2012
Palestra 13 - Jacques Lacan em Teoria

Nesta palestra sobre crítica psicanalítica, o Professor Paul Fry explora o trabalho de Jacques Lacan. O interesse de Lacan em Freud e o desagrado com os psicólogos do ego pós-freudianos são rapidamente mencionados e seu trabalho clínico sobre o estádio do espelho é discutido em profundidade. A relação no pensamento lacaniano entre metáfora e metonímia é explorada através da imagem do ponto de capitonê. Também são explicadas a correlação entre linguagem e o inconsciente e a distinção entre desejo e necessidade, com referências ao poema Booz adormecido, de Victor Hugo.

Bibliografia:
Lacan, Jacques. "The Agency of the Letter in the Unconscious." In The Critical Tradition, pp. 1129-48.


AULA 14
Publicado em 12 de dez de 2012
Palestra 14 - Influência

Nesta palestra sobre o psiquismo na teoria literária, Paul Fry explora o trabalho de T. S. Eliot e Harold Bloom, especificamente seus estudos de tradição e individualismo. Perspectivas relacionadas e divergentes sobre tradição, inovação, conservadorismo e modéstia são traçadas através de "Tradition and the Individual Talent", de Eliot, e "A Meditation upon Priority", de Bloom. É dada uma ênfase particular ao processo pelo qual os poetas lutam com a herança literária de seus precursores. A relação entre o pensamento de Bloom e o complexo de Édipo freudiano é devidamente notada. A palestra se inspira nos trabalhos de Pope, Borges, Joyce, Homer, Wordsworth, Longinus e Milton.

Bibliografia:
Eliot, T. S. "Tradition and the Individual Talent." In The Critical Tradition, pp. 537-41
Bloom, Harold. "A Meditation upon Priority." In The Critical Tradition, pp. 1156-60

AULA 15
Publicado em 12 de dez de 2012
Palestra 15 - A Psique Pós-moderna

Nesta palestra sobre a psique pós-moderna, Paul Fry explora o trabalho de Gilles Deleuze, Felix Guattari e Slavoj Zizek. A noção de pós-moderno é definida com o uso de exemplos das artes visuais e da arquitetura. A teoria do pensamento rizomático de Deleuze e Guattari e suas dívidas intelectuais são elucidadas. A crítica de cinema de Zizek - centrada na relação entre desejo e necessidade - é explorada em conexão com Lacan.

Bibliografia:
Deleuze, Gilles; Guattari, Felix. "Introduction: Rhizome." In A Thousand Plateaus: Capitalism and Schizophrenia. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1987
?i?ek, Slavoj. "Courtly Love." In The Critical Tradition, pp. 1181-97


AULA 16
Publicado em 12 de dez de 2012
Palestra 16 - A Permeabilidade Social do Leitor e do Texto

Nesta primeira palestra sobre a teoria da literatura em contextos sociais, Paul Fry examina o trabalho de Mikhail Bakhtin e Hans Robert Jauss. O professor articula a relação dos escritos deles com a teoria formalista e o trabalho de Barthes e Foucault. As dimensões da heteroglossia de Bakhtin junto com a ideia de linguagem comum são exploradas em detalhes através da leitura atenta da primeira sentença de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. O estudo de Jauss sobre a história da recepção é explicado com referência a "Pierre Menard, Autor do Quixote", de Borges e a montagem da Damn Yankees na Broadway.

Bibliografia:
Bakhtin, Mikhail. "Heteroglossia in the Novel." In The Critical Tradition, pp. 588-93
Jauss, Hans Robert. "Literary History as a Challenge to Literary Theory." In The Critical Tradition, pp. 981-88

AULA 17
Publicado em 12 de dez de 2012
Palestra 17 - A Escola de Frankfurt de Teoria Crítica

Esta primeira palestra sobre teorias sociais da arte e da produção artística examina a Escola de Frankfurt. Os escritos teóricos de Theodor Adorno e Walter Benjamin são explorados nos contextos histórico e político, incluindo Marxismo, realismo socialista e capitalismo tardio. O conceito de reprodução mecânica, particularmente a relação entre trabalho e arte é explicado em extensão. São explicadas a oposição de Adorno a essa ideia e a sua posição sobre o assunto. A palestra termina com uma discussão da perspectiva de Benjamin sobre o uso de distração e choque no processo de revelação estética.

Bibliografia:
Benjamin, Walter. "The Work of Art in the Age of Mechanical Reproduction." In The Critical Tradition, pp. 1233-48
Horkheimer, Max; Adorno, Theodor. "The Culture Industry." In The Critical Tradition, pp. 1255-62

AULA 18
Publicado em 12 de dez de 2012
Palestra 18 - O Inconsciente Político

Nesta palestra, Paul Fry explora o trabalho seminal de Fredric Jameson, "O Inconsciente Político", como um afloramento da crítica literária marxista e do estruturalismo. Textos como "Ode ao Vento Oeste", de Shelley, e o soneto 73 de Shakespeare são examinados no contexto dos três horizontes das estruturas interpretativas básicas de Jameson: a política, a social e a histórica, cada uma cuidadosamente explicada. O grau em que essas estruturas permeiam o pensamento individual é indicado numa discussão do conceito de ideologema, de Jameson. O trabalho do teórico é justaposto aos escritos de Bakhtin e Levi-Strauss. A palestra termina com nova visita à história infantil "Tony the Tow Truck", com a qual a teoria da literatura de Jameson é confrontada.

Bibliografia:
Jameson, Fredric. "The Political Unconscious." In The Critical Tradition, pp. 1291-1306 

AULA 19
Publicado em 14 de dez de 2012
Palestra 19 - O Novo Historicismo

Nesta palestra, Paul Fry examina o trabalho de dois nomes seminais do Novo Historicismo, Stephen Greenblatt e Jerome McGann. O professor explora as origens do Novo Historicismo nos estudos da literatura no início da Era Moderna além de suas estratégias mais comuns e evidências preferidas. A confiança de Greenblatt em Foucault é comparada com o uso que McGann faz de Bakhtin. A palestra termina com uma abrangente reflexão sobre o projeto de edição da poesia de Keats à luz das ideias do Novo Historicismo.

Bibliografia:
Greenblatt, Stephen. "The Power of Forms." In The Critical Tradition, pp. 1443-45
McGann, Jerome J. "Keats and Historical Method." In The Beauty of Inflections: Literary Investigations in Historical Method and Theory. New York: Oxford University Press, 1988

AULA 20
Publicado em 14 de dez de 2012
Palestra 20 - A Tradição Feminista Clássica

Nesta palestra sobre a crítica feminista, Paul Fry usa "A Room of One's Own", de Virgínia Woolf, como lente e comentário ao florescimento da crítica feminista no século XX. A estrutura e a retórica de "A Room of One's Own" é analisada em profundidade, como também suas considerações centrais sobre mulheres romancistas como Austen, Eliot e as irmãs Brontës. São mencionados os trabalhos das principais críticas feministas, como Ann Douglass, Mary Ellman, Kate Millett, Elaine Showalter, Sandra Gilbert e Susan Gubar. A abordagem logocêntrica à teoria dos gêneros, particularmente a tarefa de definir a linguagem feminina como algo diferente e separado da linguagem masculina, é analisada junto ao próprio apoio de Virginia Woolf à androginia literária e intelectual.

Bibliografia:
Kolodny, Annette. "Dancing through the Minefield." In The Critical Tradition, pp. 1550-62
Woolf, Virginia. "Austen-Brontë-Eliot" and "The Androgynous Vision." In The Critical Tradition, pp. 602-10

AULA 21
Publicado em 14 de dez de 2012
Palestra 21 - Crítica Afro-americana

Nesta palestra, Paul Fry examina as tendências da Crítica Afro-americana, através das lentes de Henry Louis Gates Jr. e Toni Morrison. O professor expõe uma breve história da literatura e da crítica afro-americanas e explica a relação de ambas com a teoria feminista. Paul Fry tece um panorama dos problemas nos estudos culturais e de identidade do essencialismo, "busca de identidade", expropriação e biologia, com atenção particular para o trabalho de Michael Cooke e a leitura que Toni Morrison faz de Huckleberry Finn. Na conclusão da palestra, o professor explora a tensa relação entre os estudos afro-americanos e as premissas da Nova Crítica, com referências ao poema de Robert Penn Warren "Pondy Woods".

Bibliografia:
Gates Jr., Henry Louis. "Writing, 'Race,' and the Difference It Makes." In The Critical Tradition, pp. 1891-1902
Morrison, Toni. "Playing in the Dark." In The Critical Tradition, pp. 1791-1800

AULA 22
Publicado em 14 de dez de 2012
Palestra 22 - Crítica Pós-colonial

Nesta palestra sobre a teoria pós-colonial, Paul Fry explora os trabalhos de Edward Said e Homi K. Bhabha. Ele sublinha as complicadas origens, definições e limitações do termo pós-colonial. A teoria de Elaine Showalter do desenvolvimento fásico da identidade literária feminina é aplicada à expressão das identidades pós-coloniais. O professor explica termos cruciais, como ambivalência, hibridismo e dupla consciência. A relação entre o conceito de "sly civility" de Bhabha e o "signifyin" de Henry Louis Gates Jr. é discutida junto com a confiança dos dois na semiótica.

Bibliografia:
Bhabha, Homi K. "Signs Taken for Wonders." In The Critical Tradition, pp. 1875-99
Said, Edward. "Introduction to Orientalism." In The Critical Tradition, pp. 1801-13

AULA 23
Publicado em 14 de dez de 2012
Palestra 23 - Teoria Queer e Performatividade de Gênero

Nesta palestra sobre a teoria queer, Paul Fry explora o trabalho de Judith Butler em relação à "História da Sexualidade", de Michel Foucault. O professor discute diferenças de terminologia e de métodos, incluindo a ênfase de Butler na performance e a confiança de Foucault em formulações como "poder-conhecimento" e "dispositivo de aliança". A fixação de Butler em ontologia é explorada com referência ao conceito de Levi-Strauss de cru e cozido. No fim da palestra, a interrogação de políticas de identidade de Butler é comparada com as dos teóricos do pós-colonialismo e do afro-americanismo.

Bibliografia:
Butler, Judith. "Imitation and Gender Insubordination." In The Critical Tradition, pp. 1707-18
Foucault, Michel. "The History of Sexuality." In The Critical Tradition, pp. 1627-36

AULA 24
Publicado em 14 de dez de 2012
Palestra 24 - A Construção Institucional do Estudo Literário

Nesta palestra sobre identidades críticas, Paul Fry examina o trabalho de Stanley Fish e John Guillory. A palestra começa examinando "Tony the Tow Truck" como um lugar para a emergência de identidades literárias. Depois, coloca o uso da história infantil pelo curso sob o escrutínio das lentes de Fish. O professor traça cronologicamente, a partir das publicações de Fish, a evolução da sua teoria sobre as comunidades interpretativas e a examina em close-up no Paraíso Perdido de Milton. O trabalho de John Guillory sobre as comunidades interpretativas e as guerras culturais leva a uma discussão sobre o cânone ocidental e multiculturalismo.

Bibliografia:
Fish, Stanley. "How to Recognize a Poem When You See One." In The Critical Tradition, pp. 1023-30
Guillory, John. "Cultural Capital." In The Critical Tradition, pp. 1472-83

AULA 25
Publicado em 14 de dez de 2012
Palestra 25 - O Fim da Teoria?; Neo-Pragmatismo

Nesta palestra, Paul Fry comenta o influente artigo de Knapp e Michaels, "Contra a Teoria" (Against Theory). O professor situa o contexto histórico da obra e define aspectos-chave das orientações críticas dos teóricos, particularmente seu neo-pragmatismo. A palestra segue com uma extensa discussão sobre a relação entre, de um lado, intenção e significado, e do outro, linguagem e discurso - com referências a Saussure, desconstrução e formalismo russo. Fry examina em profundidade o uso por Knapp e Michaels do poema de Wordsworth, "A Slumber Did My Spirit Seal", para explorar os limites de significado e intenção. Por fim, o assunto é encerrado usando questões sujeitas à disputa em Knapp e Michaels de que a teoria é uma ferramenta útil e necessária nos estudos literários.

Bibliografia:
Knapp, Steven; Michaels, Walter Benn. "Against Theory." In Against Theory: Literary Studies and the New Pragmatism. Chicago: University of Chicago Press Journals, 1985 

AULA 26
"Publicado em 18 de dez de 2012
Palestra 26 - Reflexões; Quem não odeia teoria agora?

Nesta palestra final sobre teoria literária, Paul Fry revisita a relação entre linguagem e discurso, linguagem e intenção, e linguagem e comunicação. No curso desta discussão, ele define retrospectivamente a teoria como meio de estabelecer até onde é legítimo suspeitar da comunicação. No processo, o professor se reconecta com a Nova Crítica, Jakobson, Bakhtin, Saussure, De Man, Fish, Knapp e Michaels. Por meio de uma análise de epitáfios e uma última visita a "Tony the Tow Truck", ele sublinha o papel central da linguagem na variedade das teorias literárias apresentadas no curso.



Este curso, gravado no campus de Yale em 2009, é uma pesquisa sobre as principais tendências da teoria literária no século XX. As palestras fornecem uma base para as leituras e as explicam quando necessário, enquanto tentam desenvolver um contexto amplo e coerente que incorpore perspectivas filosóficas e sociais nas questões recorrentes: o que é literatura, como é produzida, como pode ser entendida e qual é o seu propósito?" 

Fonte das aulas: 
a) YOUTUBE 


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