25 de fevereiro de 2017

"Primeiro a gente tira a Dilma", depois fica quieto!

O discurso da maioria das pessoas do meu círculo de amizades (inclusive no mundo virtual) que era contra a corrupção era "Primeiro a gente tira a Dilma, depois tira todos os outros".
E, consequentemente, imaginava eu - INGENUAMENTE - que essas pessoas continuariam com o discurso contra a corrupção contra quem fosse.
LEDO ENGANO!
As vozes se calaram, e a corrupção que antes parecia ser unicamente e exclusivamente culpa do PT com a saída de Dilma parece que (quase) fora resolvida. Só não foi completa, pois há ainda "o maior corrupto do Pais: Lula". Parece que é só ele que falta ser punido (ironia, é claro).
Quando isso acontecer o Brasil será um país sem corrupção, pois a corrupção dos outros não é corrupção: "ele rouba, mas faz", "infelizmente, a política é assim". Tudo justifica-se!
Não vejo e não recebo em minha timeline nenhuma (ou quase nenhuma) postagem falando mal do atual governo. Quando eu faço críticas ao atual (des)governo vejo e ouço justificativas "foi necessário", "é assim", "ele fez isso por que o PT", "isso é culpa do governo anterior", "o PT deixou as pessoas assim", "que vão trabalhar" e assim por diante.
Bem, o fim dessa história: direitos e mais direitos sendo extirpados, corrupção à solta e um discurso contra a corrupção que emudeceu, contudo virou piada no Carnaval!



Fonte da Imagem: Facebook

Pois se o refrão inicialmente era fora Dilma, pois o PT era a representação ÚNICA da corrupção no país. Agora vemos as vozes silenciosas ante um escândalo de corrupção atrás do outro envolvendo, além do PT, os demais partidos. As vozes que agora clamam FORA TEMER, em sua maioria esmagadora, não são as mesmas que gritaram FORA DILMA.
Cadê então as vozes que clamaram em altos brados serem contrárias a corrupção? Cadê os que bradaram "Fora Dilma" não o farão com Temer?
Não as/os ouço!
Cadê a coerência? Cadê a ética?
Não consigo entender!
Se a pessoa é contra a corrupção ela o será em todas as esferas, com todos os partidos e com todas as instituições.
Ou o conceito de coerência não cabe no contexto político?

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