Depois de algumas semanas em férias, volto à ativa.
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Fui passar alguns dias com minha família: minha mãe e meus irmãos.
Eles moram em uma pequena cidade no extremo oeste de Santa Catarina. Uma viagem de cerca de 12 horas.
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A viagem daqui até lá me provoca algumas sensações muito interessantes.
A primeira é um misto de um mundo não real. pareço estar em uma outra dimensão.
Ao longo do caminho, começo a reconhecer lugares, relembrar pessoas e também de tantas outras vezes que já fizera aquele trajeto.
Ao chegar ao trevo da cidade a impressão é de que nunca saí. Há um distanciamento de quem sou no presente.
Parece que volto no tempo... E volto!
As sensações de retornar a uma cidade na qual vivi até os 25 anos é uma mistura de sentimentos...
Alegria, tristeza, esperança, descrença, fé, paz, amor, raiva, ódio, carinho...
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A cidade, apesar de pequenas mudanças, preserva suas características originais.
A mudança maior fica por conta das pessoas. Algumas apenas recordações, outras apagadas e outras irreconhecíveis.
Algumas das antigas amizades foram soterradas pelo tempo. Outras parecem nunca ter perdido contato, permanecem inabaláveis. Essas, sim, vale(ra)m a pena.
O tempo que passo na cidade sempre me faz recordar minha trajetória. Valorizar atitudes e pessoas que me incentivaram e também me faz perceber a riqueza que deixei pra trás em busca de um novo lugar.
Reflito sobre a minha escolha em deixar minha família e o peso pago por essa escolha.
Questiono se vale(u) a pena.
A resposta não é precisa...
Hoje meu lar é aqui, contudo, quando volto pra lá, mesmo que por pouco tempo, meu lar é lá.
Lá com o coração aqui...
E aqui com o coração lá...
Difícil saber...
Por isso, lar doce lar, mas nem tão doce assim...
Foto de Álvaro L.H. Bremm
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