Quando tinha meus vinte anos e ia ao salão apenas para cortar as pontas, confesso, ficava impressionada com mulheres muito jovens que pintavam seus cabelos para esconder os famigerados "branquinhos".
Eu, no meio disso tudo, intimamente satisfeita e orgulhosa dizia: "vou só cortar as pontas". A frase saia com um sorriso.
Mas as coisas mudaram e o tempo passou - também para meus cabelos.
Tenho trinta e nove anos e desde o vinte e poucos já tinha alguns fios brancos.
Por fim, desistimos de lutar contra o tempo e a natureza.
Chegamos (quase) ao fundo do poço.
Começamos a usar algo mais leve: tonalizante ou henna. As primeiras aplicações nos parecem simples. É até gostoso passar uma hora no salão com intervalos longos. Mas com o tempo, os intervalos vão ficando cada vez menores. E no auge do branqueamento a tintura - a essa altura a mais potente - tem que ser aplicada em, no máximo, a cada 30 dias.
E a essa altura também já lemos uma série de reportagens - sensacionalistas ou não - sobre os terríveis danos causados pelo uso excessivo de tinturas, pois as mesmas têm metal pesado em sua composição.
SURTAMOS! SURTAMOS! SURTAMOS! SURTAMOS! SURTAMOS! SURTAMOS!
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