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31 de julho de 2017

Ensaio: "Invisibilidades e apagamentos: a (não) presença de mulheres escritoras nas antologias literárias"



Invisibilidades e apagamentos: a (não) presença de mulheres escritoras nas antologias literárias 

Minha proposta é inscrever mais uma questão na problemática da invisibilidade das mulheres na História da Literatura Brasileira: os conteúdos do ensino secundarista de 1890 a 1965.
A Antologia Nacional de Carlos de Laet e Fausto Barreto foi um dos materiais didáticos mais utilizados no país. Da 1ª edição, em 1895 até a 43ª, em 1965, não houve a publicação de excertos de escritoras. Assim, as mulheres não participaram do currículo das principais escolas do país. Encontramos um contraponto: a Antologia da Língua Portuguesa de Estevão Cruz que, inclui Júlia Lopes de Almeida, Júlia Cortines...

Ratifico assim mais uma vertente de apagamentos da produção intelectual de mulheres, pois as classes sociais representadas pelos homens detinham o capital, o direito à escolarização e ao conhecimento, como afirma Anne McClintock em Couro Imperial – Raça, gênero e sexualidade no embate colonial: “O progresso histórico é naturalizado como uma família que evoluí, ao passo que as mulheres, na qualidade de atores históricos, são negadas e relegadas ao reino da natureza”. Desse modo, na aprendizagem escolar as mulheres não foram consideradas autoras, tampouco reconhecidas e quando representadas, na poesia e na prosa, foram tipificadas e estereotipadas em contextos machistas e preconceituosos. Procurarei ilustrar essa invisibilidade e essas representações no corpus das antologias que selecionei.  

30 de julho de 2017

Evento Mundo de Mulheres e Fazendo Gênero 2017 (UFSC)

Boas Vindas

O 13º Congresso Mundos de Mulheres (MM) – um encontro internacional e interdisciplinar de e sobre mulheres – acontecerá conjuntamente ao Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 (FG)  entre 30 de julho e 4 de agosto de 2017 em Florianópolis, SC, Brasil, no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A temática que norteará o encontro é "Transformações, Conexões, Deslocamentos". Com isso, queremos alargar esse lugar de diálogo para uma perspectiva mundial, afastada da hierarquia Norte-Sul, ou seja, um espaço onde se possa ouvir outras vozes, novas propostas, valorizar saberes, ampliar horizontes de estudo e de ativismo. Desse modo, seremos capazes de pensar e propor perspectivas inclusivas para os estudos feministas e possibilidades de construção feminista.
Será uma oportunidade única de cruzar experiências, pesquisas, vozes ao redor do mundo sobre questões de mulheres e gênero. O Congresso Mundos de Mulheres (MM) será realizado na América do Sul pela primeira vez.
Não perca a oportunidade de avaliar e discutir, tanto teorica como praticamente, as questões mais importantes sobre feminismos da atualidade.7

30 de maio de 2017

Invisibilidades e apagamentos: a (não) presença de mulheres escritoras nas antologias literárias



Invisibilidades e apagamentos: a (não) presença de mulheres escritoras nas antologias literárias

Minha proposta é inscrever mais uma questão na problemática da invisibilidade das mulheres na História da Literatura Brasileira: os conteúdos do ensino secundarista de 1890 a 1965.
A Antologia Nacional de Carlos de Laet e Fausto Barreto foi um dos materiais didáticos mais utilizados no país. Da 1ª edição, em 1895 até a 43ª, em 1965, não houve a publicação de excertos de escritoras. Assim, as mulheres não participaram do currículo das principais escolas do país. Encontramos um contraponto: a Antologia da Língua Portuguesa de Estevão Cruz que, inclui Júlia Lopes de Almeida, Júlia Cortines...

Ratifico assim mais uma vertente de apagamentos da produção intelectual de mulheres, pois as classes sociais representadas pelos homens detinham o capital, o direito à escolarização e ao conhecimento, como afirma Anne McClintock em Couro Imperial – Raça, gênero e sexualidade no embate colonial: “O progresso histórico é naturalizado como uma família que evoluí, ao passo que as mulheres, na qualidade de atores históricos, são negadas e relegadas ao reino da natureza”. Desse modo, na aprendizagem escolar as mulheres não foram consideradas autoras, tampouco reconhecidas e quando representadas, na poesia e na prosa, foram tipificadas e estereotipadas em contextos machistas e preconceituosos. Procurarei ilustrar essa invisibilidade e essas representações no corpus das antologias que selecionei.  

18 de outubro de 2016

Disciplina: Direito e Literatura (UFSC/2016)

Disciplina de Direito e Literatura (Centro de Ciências Jurídicas - UFSC) 

Hoje fui assistir a uma aula da disciplina de Direito e Literatura (ementa da disciplina) no Centro de Ciências Jurídicas, ministrada pela professora Dra. Josiane Rose Petry Veronese. A disciplina é oferecida para o Mestrado do Curso de Direito.
Na bibliografia selecionada destaca-se a seguinte bibliografia:
IHERING, Rudolf Von. A luta pelo direito (qualquer edição)
ou BEAUVOIR, Simone. Os mandarins (qualquer edição)
ou ENDO, Shusaku. O silêncio (qualquer edição)

 ASSIS, Machado. Dom Casmurro (qualquer edição) ou
QUEIRÓS, Eça de. Os Maias (qualquer edição) ou
SHAKSPEARE, W. O mercador de Veneza (qualquer edição)

DOSTOIÉVSKI, Fiodor. Crime e castigo. (qualquer edição)
ou HUGO, Victor. O último dia de um condenado à morte. (qualquer edição)
ou KAFKA, Franz. O processo ou Na colônia Penal - (qualquer edição)
ORWELL, George. 1984 (qualquer edição)

RAMOS, Graciliano. Vidas secas (qualquer edição)
ou CUNHA, Euclides da . Os sertões (qualquer edição) ou
AZEVEDO, Aluisio. O cortiço (qualquer edição) ou
AMADO, Jorge. Capitães de areia (qualquer edição)

SANFORD DE VASCONCELLOS, Aulo. Chica Pelega: A guerreira do Taquaruçu. Florianópolis, SC: Insular, 2008.
WARAT, Luis Alberto. A ciência jurídica e seus dois maridos. Santa Cruz do Sul, RS: Edunisc, 2000. VERONESE, Josiane Rose Petry. Olhos Verdes. Curitiba, PR: Multideia, 2014.
VERONESE, Josiane Rose Petry. Tocata de uma alma: Poemas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016. CRUZ E SOUZA. Broqueis e Farois. (qualquer edição) Objetivo específico: Estudo da literatura catarinense e sua conexão com o mundo jurídico

A disciplina despertou meu interesse pelo fato de Jorge Amado estar efetivamente na academia (mote da minha tese). 
Fui, portanto, para assistir a discussão acerca do livro.  
A aula teve as impressões de leitura dos seguintes livros: Crime e castigo, A Divina Comédia, O Cortiço e Capitães da Areia.
As discussões contemplaram biografia dos autores, contexto histórico, resumos e apresentação de elementos importantes das histórias, bem como a temática do Direito observada em cada obra.




















Jorge Amado e os Capitães da Areia. 









O livro foi publicado em 1937 e dedicado ao amigo Anísio Teixeira - um defensor das crianças, como afirmou Jorge em uma carta enviado ao amigo em junho de 1937. Quando Amado escreveu a carta estava no México e fica impressionado com alguns aspectos da educação mexicana, diferente do que tínhamos no Brasil. 
O livro é lançado em agosto (?) de 1937 e alguns meses depois tem quase mil exemplares queimados. Em dezembro, retorna ao Brasil e é preso.
Teria sido preso pela sua militância política ou pela militância literária?
Já que o livro atinge/mostra uma sociedade hipócrita, dominada pelo dinheiro e pelas relações de poder.







23 de setembro de 2016

"Aula de leitura: território de liberdade"




AULA DE LEITURA: TERRITÓRIO DE LIBERDADE

HART, Rosane. (Doutoranda PGL/UFSC – SED/SC)


Resumo


Há muitas teorias para explicar os processos que envolvem a aquisição da leitura e, consequentemente, a formação de leitores. No entanto, torna-se fundamental refletir e compartilhar práticas de mediação de leitura aplicadas e vivenciadas nas/com as turmas do Ensino Fundamental II por quase quinze anos, como professora da rede estadual de ensino de Santa Catarina. Práticas nem sempre exitosas ou embasadas por aporte teórico, algumas apenas memórias de leitura significativas. Vivencias e experiências literárias - como aluna ou como leitora.  


Dentre as  experiências exitosas o destaque para a aula de leitura como um ambiente de múltiplas possibilidades. Toda a semana, já previamente agendado com a turma, uma das quatro aulas de Português destinava-se à leitura. A institucionalização de uma única regra às aulas – respeitar o outro -causou estranhamento e desconforto em alguns. Situações de confronto aos poucos se atenuaram. A não obrigatoriedade da leitura tornou o momento de encantamento e também de fuga. A literatura com seus poderes reparadores contribuiu para o bem-estar do(a)s aluno(a)s que vive(ra)m em situações de conflito – contextos de repetidas violências, de deslocamentos e/ou de recessão econômica. Esse poder de reconstrução proporcionado pela leitura afeta a representação que o leitor tem de si mesmo e o sentido que dá à vida, ordenando, assim, os desarranjos internos. Em “A arte de ler ou como resistir à adversidade” Michèle Petit afirma que a literatura – particularmente a arte da narrativa - contribui para a atividade psíquica do leitor, tal afirmação é lastreada pela experiência e por observações de diversos projetos de mediações de leitura. Do mesmo modo a observação da mudança de atitude dos alunos nas aulas de leitura se deve à leitura que os permite organizar a própria história e transformá-la. Assim, a aula de leitura torna-se também um território de renovação e de liberdade.

10 de agosto de 2016

Plano de Curso da disciplina "Literatura e Ensino" (2016/2), UFSC

Plano de Ensino da disciplina na qual farei o Estágio de Docência.


UFSC – Curso de Graduação em Letras/Português

PGL 7500 Literatura Brasileira – Literatura e Ensino
2016.2
Profa. Tânia Regina Oliveira Ramos
Doutoranda Rosane Hart
Estágio de Docência


A Literatura Ensinada

... será que a literatura  pode ser para nós algo que não seja uma lembrança de infância? Quero dizer: o que é que continua, o que persiste, o que é que fala da literatura depois do colégio?
                                                                               Roland Barthes.
                                                          
Nossa disciplina objetivará uma reflexão sobre a leitura e o ensino da Literatura a partir da idéia de que a literatura, por maior que seja a sua força de transgressão, transita sempre por corredores institucionais.  Com que “Literatura”, este lugar de onde falamos, nossos projetos, nossa aprendizagem, nossas leituras, enquanto estudantes de Letras, futuras professoras e professores, dialogam?  A literatura ensinada deve ser aprendida e apreendida por nós (os contemporâneos) em (e de) um esforço individual de leituras em (e de) um espaço mais crítico, mais criativo e não tão menos institucional. É deste esforço e deste espaço que poderão resultar novas práticas conscientes e criativas. A literatura e a leitura permanecerão, assim, mais do que uma disciplina. Uma prática prazerosa ou, como nos diria Roland Barthes, tudo aquilo que vai permanecer depois do colégio.



Primeiras leituras (08 aulas)


Memórias.
Infância, de Graciliano Ramos.

 

Sempre durante a disciplina (40 aulas)

  1. Literatura e ensino
  2. A literatura em sina
  3. As institucionalizações da literatura
  4. Relação literatura e ensino
  5. A liter atura na sala de aula (o poema, a narrativa, a Internet)
  6. Os livros didáticos - fragmentos e retalhos de (in)formação literária
  7. A literatura infantojuvenil
  8. Ilustração: palavras e imagens
  9. As adaptações de textos clássicos
  10. A literatura no ensino médio ou A literatura e a literatura para vestibular e para o ENEM
  11. O texto literário na escola: apontando caminhos

Embutidos nestas questões procuraremos sempre discutir/refletir:
(08 aulas)
O lugar dos cânones: a literatura (ainda) enquanto disciplina
A literatura e outras linguagens
A literatura sob medida: as listas, as antologias, as indicações, o mercado, as preferências, as escolhas, as leis, as exigências...
Lembranças da escola.
Pensando uma (futura) prática.
O que fazer?  Questões e leituras contemporâneas

A previsão do número de aulas está sujeita a alterações, dentro da margem prevista e do calendário oficial do Curso de Letras.

                                                          Deveres de casa
Leituras, Diálogos, Novas leituras, Textos criativos, Resenhas, Ensaio final

               

Nossa disciplina e parte da bibliografia também estarão no Moodle.


              
Estantes, bibliotecas, livrarias, cabeceiras, cópias, empréstimos...

ABREU, Márcia (Org.) Leitura, História e História da Leitura. Campinas: Mercado de Letras, 2001
 ANDRADE, Claudete Amália Segalin de. Dez livros e uma vaga:  a leitura de literatura no vestibular.  Tese de doutorado. PUC/RS, 2001
 ANTELO, Raúl et alii. Declínio da Arte. Ascensão da Cultura. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1998
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da família.   Tradução de Dora Flaksman. RJ: Guanabara, 1986
AVERBUCK, Ligia (Org.). Literatura em Tempo de Cultura de Massa. SP: Nobel, 1984
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. SP: Martins Fontes, 1997
BARARTIN Marc e JACOB Christian.  O poder das bibliotecas: a memória dos livros no ocidente.  Tradução de Marcela Mortara. RJ: Editora da UFRJ, 2001
BORDINI, Maria da Glória e AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura. A Formação do Leitor. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988
BARBOSA, João Alexandre. “Leituras: o intervalo da literatura”. . In Linha D´Água. Ensino de Língua e Literatura em Debate. USP: Revista da APLL no 5, julho de 1988, p. 22-32
BARTHES, Roland. O Rumor da Língua. Tradução de Mário Laranjeira. SP: Brasiliense, 1988
________________. O prazer do texto. SP: Perspectiva, 1993
BELLEI, Sérgio. O Cristal em Chamas: uma introdução à leitura do texto literário. Florianópolis: EDUFSC, 1986
BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação.  SP: Summus, 1984

_________________. “ Livros infantis antigos e esquecidos”. In Magia e Técnica. Arte e Política. Tradução Sérgio Paulo Rouanet. SP: Brasiliense, 1985
BLOOM, Harold. O Cânone ocidental. Os Livros e a Escola do Tempo. Tradução de Marcos Santarrita. RJ: Objetiva, 1994
______________. Como e por que ler. Tradução de José Roberto O’Shea. RJ: Objetiva, 2000
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. SP: Cultrix, 1976
____________. Céu, inferno. Ensaios de Crítica Literária e ideologia. SP: Ática, 1988
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. Tradução Sérgio Micelli et alii. SP: Perspectiva, 1999
________________. “Leitura, leitores, letrados, literatura”. In  Coisas Ditas. SP: Brasiliense,  1990, p. 134-146
_________________. “ O campo intelectual: um mundo à parte”. In BOURDIEU, Pierre. Coisas Ditas. Tradução de Cássia Silveira e Denise Pegorim.  SP: Brasiliense, 1990, p. 169-180
_________________. “O mercados dos bens simbólicos”.  In As Regras da Arte. SP: Companhia das Letras, 1996, p. 162-169
BUTTOR, Michel. Repertório. Tradução Leyla Perrone Moyses. SP: Perspectiva, 1974
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos? Tradução de Nilson Moulin. SP: Companhia das Letras, 1993
CANDIDO, Antonio. A Educação pela noite & outros ensaios. SP: Editora Ática, 1987
_________________. “O Direito à Literatura”. In: Vários escritos. SP: Duas Cidades, 1982.
COMPAGNON,  Antoine. Os Cinco Paradoxos da Modernidade. Tradução Cleonice Mourão et alii. MG: Editora da UFMG, 1996
CUNHA, Maria Teresa Santos et alii. Refúgios do eu. Educação. História, escrita autobiográfica. Florianópolis: Editora Mulheres, 2000
DE MAN, Paul. A resistência à teoria. Tradução Tereza Louro Pérez. RJ; Edições 70, 1989
EAGLETON,  Terry. Teoria da Literatura: uma introdução. Tradução Waltensir Dutra.  SP: Martins Fontes, s/d
ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução Hildegard Feist. SP: Companhia das Letras, 1994
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Tradução Salma Muchail. SP: Martins Fontes, 1982
_________________. O que é um autor? Lisboa: Veja, Passagens, 1992
FREADMAN Richard e MILLER Seumas. Re-pensando a Teoria. Uma crítica da Teoria Literária Contemporânea. Tradução de Aguinaldo Gonçalves e Álvaro Hattnher. SP: UNESP, 1994
GARBUGLIO, José Carlos et alii. “ O ensino de Literatura Brasileira”. In  Seminários de literatura Brasileira. Ensaios. RJ: Fundação Nestlé de Cultura. UFRJ: 1990, p. 139-165
GATTO, Sonia M. Galvão. “Do texto ao hipertexto: a literatura na era eletrônico-digital”.  In Educação e Linguagem. Revista da Faculdade de Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo, 2000, p. 179-193
JOBIM, José Luís. Poética do Fundamento. Niterói: EDUFF, 1992
_______________.). Palavras da Crítica. RJ: Imago, 1982
_______________(Org. ). Literatura e identidades. RJ: Editora da UERJ, 1999

LAJOLO, Marisa. Usos e abusos da literatura na escola. RJ e Porto Alegre: Editora Globo, 1982
______________ e ZILBERMAN, Regina. Do mundo da leitura à leitura do mundo. SP: Ática, 1994
______________.  A formação da leitura no Brasil. SP: Ática, 1996
______________ . “Leitura, esta dama de tantas faces”. In  JOBIM, José Luís (Org. ). Literatura e identidades. RJ: Editora da UERJ, 1999, p. 179-190
LOBO, Luiza (Org.). Fronteiras da literatura. Volumes I e II. RJ: Relume Dumará, 1999
MARTINS, Maria Helena (org.). Outras Leituras. SP: Editora SENAC / Itaú Cultural, 2000
__________________________. Rumos da Crítica. SP: Editora SENAC / Itaú Cultural, 2000
MOSER, Walter. “ Estudos literários, estudos culturais” . In Literatura e Sociedade. São Paulo: USP/ FFLCH/ DTLLC, 1996, p. 62-82
OLINTO, Heidrun Krieger. “ Letras na página/palavras no mundo. Novos acentos sobre estudo da literatura”. In palavra n. 1. RJ: PUC.RJ. Departamento de Letras, 1993
PAZ, Octavio. Signos em rotação. Tradução Sebastião Uchoa Leite. SP: Perspectiva, 1990
PEDROSA, Célia et alii.  Poesia hoje. RJ: EDUFF, 1998
PERRONE-Moisés, Leyla. “ História Literária e Julgamento de Valor”. In Anais do 2o Congresso da ABRALIC, Belo Horizonte, 1990,  p. 141-150
_____________________. Altas Literaturas. SP: Companhia das Letras, 1998
_____________________. Inútil Poesia. SP: Companhia das Letras, 2000
RAMOS, Tânia Regina Oliveira Ramos. “Literatura Brasileira Contemporânea. Verdades no Plural”. In Anais do II° Congresso de Língua e Literatura, UNOESC, novembro de 1998, p. 31-40
____________________ .
SANTIAGO, Silviano. Vale quanto pesa. RJ: Paz e Terra, 1982
_________________. “ Poder e alegria. A Literatura Brasileira pós-64. Reflexões”. In  Nas Malhas da Letra. Ensaios. SP: Companhia das Letras, 1989, p. 11-23
_________________ . O Cosmopolitismo do Pobre. BH: Editora da UFMG, 2004.
SANTOS, Roberto Corrêa dos. Para uma teoria da interpretação.  RJ: Forense Universitária, 1989
SCHWARZ, Roberto. “19 princípios de crítica literária”. In O pai de família e outros ensaios. RJ: Paz e Terra, 1978
SILVA, Ezequiel Teodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. Campinas: Papirus, 1986
________________________. “ Como se ensina o aluno a ler”. In Leitura na escola e na biblioteca. Campinas: Papirus, 1986, p. 103-110
SOUZA, Eneida Maria. Crítica Cult. BH: Editora da UFMG, 2002.
STEGAGNO-PICCHIO, Luciana. História da Literatura Brasileira. Tradução Pérola de carvalho e Alice Kyoko. RJ: Editora Nova Aguilar, 1997
ZILBERMAN, Regina.   A leitura e o ensino da literatura. SP: Contexto, 1988
__________________. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor.  Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986
__________________. A produção cultural para a criança. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990


                                                                                                                             
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7 de agosto de 2016

Estágio de Docência (UFSC)

Nesse segundo semestre de 2016, já com todas as disciplinas de Doutorado concluída e com a escrita da tese em andamento iniciarei o Estágio de Docência. Meu estágio será na disciplina de Literatura e Ensino, ministrada pela professora Dra. Tânia de Oliveira Ramos e em uma turma de 5a fase de Licenciatura el Letras Português. As aulas serão no período vespertino. Estou ansiosa por esta nova etapa. 

"O Estágio de docência, obrigatório aos bolsistas CAPES do nível de doutorado e facultativo aos demais alunos. O aluno precisa se matricular no estágio docência. Ao concluir o estágio, o pós-graduando deve elaborar um relatório das atividades realizadas e apresentar ao orientador. O orientador deve apresentar ao Colegiado seu parecer sobre o conjunto das atividades realizadas pelo pós-graduando, atribuindo nota e conceito. Após aprovado em reunião de Colegiado, o conceito será inserido no histórico escolar do aluno"

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Mesmo não sendo bolsista da CAPES e não tendo a obrigatoriedade legal de fazê-lo, achei que seria uma oportunidade de aprendizagem única, já que minha pesquisa é na área de Literatura e Ensino. Desse modo, abrangendo teoria e prática. Além da experiência em trabalhar na outra ponta do ensino, pois trabalho com o Ensino Fundamental II, brinco que trabalho no "chão de fábrica" ou sou a "professorinha". Infelizmente, há um distanciamento muito grande - inclusive em termos salariais - para nós, professores, que trabalhamos com o Ensino fundamental, mas isso é outra discussão.
Voltemos ao estágio. De acordo com o site da UFSC as normas para o estágio são as seguintes:
"Normas de Estágio docência
Art. 1. O Estágio de Docência é uma atividade curricular para estudantes de Pós-Graduação stricto sensu que se apresenta como disciplina optativa “Estágio de docência”, sendo definida como a participação de aluno de Pós-Graduação em atividades de ensino na educação básica e na educação superior na UFSC.
§ 1°. Serão consideradas atividades de ensino:
a) ministrar aulas teóricas e práticas sob supervisão do professor;
b) participar em avaliação parcial de conteúdos programáticos, teóricos e práticos;
c) aplicar métodos ou técnicas pedagógicas tais como estudo dirigido, seminários, etc.
§ 2°. O aluno em Estágio docência não poderá, em nenhum caso, assumir a totalidade das atividades de ensino que integralizam a disciplina em que atuar.
§ 3°. É de responsabilidade do orientador solicitar matrícula para o orientando, a qual deverá ser acompanhada de um plano detalhado de trabalho para o aluno de Pós-graduação, elaborado em conjunto com o professor responsável pela disciplina e com anuência do Chefe de Departamento responsável pela oferta da referida disciplina e do Coordenador do Curso de Graduação e/ou do Diretor do Colégio de Aplicação da UFSC quando se tratar da educação básica.
§ 4°. O estágio de docência é uma atividade optativa para todos os pós-graduandos sendo obrigatória aos doutorandos bolsistas da CAPES conforme orientação da referida agência .
§ 5°. Poderão atuar simultaneamente em uma disciplina mais de um aluno do Programa
§ 6°. Caberá ao orientador, em conjunto com o professor responsável pela disciplina e coordenador do curso de graduação, avaliar o estagiário, promovendo o melhor desempenho do mesmo.
Art. 2. Compete ao Colegiado do Curso de Pós-graduação aprovar o relatório apresentado pelo aluno ao final do Estágio e estabelecer caso a caso o número de créditos desta disciplina até o limite de quatro (4) por semestre considerando:
a) as características da disciplina;
b) o plano de trabalho de cada aluno que solicitar matrícula em “Estágio de docência”
c) tema de pesquisa e a área de atuação do aluno no Programa de Pós-graduação
d) o parecer do professor da disciplina.
Art. 3. Os alunos de curso de Mestrado poderão totalizar até 4 (quatro) créditos e os de cursos de doutorado até 8 (oito) créditos nesta disciplina, por meio de matriculas sucessivas, para efeito de integralização curricular.
§ 1°. Deverão constar no histórico escolar do aluno de pós-graduação, as seguintes informações relativas à disciplina “Estágio de docência”: nome da disciplina, número de créditos, curso e fase em que a disciplina foi ministrada e ano/semestre.
§ 2°. Por se tratar de atividade curricular, a participação de alunos do Programa no “Estágio de Docência” não cria vínculo empregatício e nem será remunerada."                                              Fonte: http://ppge.ufsc.br/vida-academica/regimento-e-normas/estagio-de-docencia/
As expectativas são muitas.

28 de junho de 2016

"É POR ISSO QUE FAÇO LETRAS"

Trabalhos apresentados por Graduandos de Letras Português (UFSC) na disciplina de Literatura Brasileira II, ministrada pela professora Tânia de Oliveira Ramos

Há uma semana, professora Tânia de Oliveira Ramos, minha orientadora convidou-me para dia 27 de junho assistir às apresentações dos trabalhos finais que seriam apresentados pelos alunos da graduação em Letras Português (UFSC).
Confesso que não conseguia imaginar como os alunos fariam os trabalhos. Pura expectativa.
Segundo a professora havia alguns critérios a serem seguidos:
a) a adequação temática ao conteúdo trabalhado no semestre;
b) o uso de mídias;
c) ser uma produção coletiva;
Cheguei na sala minutos antes do início da aula.  
O burburinho tomava conta do ambiente... Pensei "aluno é aluno em qualquer lugar".
Mas a balburdia era justificável: era a apresentação do trabalho final do semestre 2016/1.
Estavam nervosos, detalhes dos trabalhos a serem completados; problemas com tecnologia, imprevistos, falhas...
Passado esse primeiro momento, professora Tânia direcionou os grupos, me apresentou ao grupo e, em seguida sinalizou a ordem para a apresentação.
Estava nervosa... Acho que tanto quanto os alunos e as alunas... Estava suando...
Talvez compartilhando ou absorvendo a insegurança deles.
Mas estava muito curiosa imaginando como os alunos dariam conta do que fora proposto.
E as apresentações, finalmente, começaram;

Grupo 1
Alini, Larissa, Mariana e Anelise falaram sobre Lima Barreto
"Porque Lima Barreto em sua genialidade mereceu o olhar de Ane Carlesso minhas alunas de Brasileira II. E elas o reescreveram do ponto de vista feminino. E estabeleceram um diálogo instigante com Machado de Assis e sua cartomante" (Tânia Ramos)



Grupo 2
Alunas: Alana e Jennifer
"De como estudar literatura e se pensar professora. De como pensar as coisas ditas e dar visualidade à história literária refletida nos manuais. De como dar movimento aos momentos literários em sua materialidade no espaço virtual. Jennifer e Allana Kretzer na Brasileira II." (Tânia Ramos)

Grupo 3
Ana Luiza, Letícia Rosa, Taciane e Helena falaram sobre Cruz e Souza
"Hoje foi o dia de minhas alunas mostrarem o que há de bom. Assim leram Cruz e Sousa. Assim o ressignificaram. Vozes veladas voluptuosas vozes . Entre elas Taciana AulerAna Santiago, Luisa LandreLeticia da Rosa e Helena Iuskow." (Tânia Ramos)

Grupo 4
Andreia, Guilherme e Osmar
Ainda sem o vídeo

Grupo 5
Amanda, Marina e Sabrina falaram sobre Cruz e Souza
"Da biografia de estar aqui e lá, eis Cruz e Sousa biografado com pesquisa e sensibilidade por Marina Basso. E Amanda Lopes" (Tânia Ramos)


















Grupo 6
Rafael e Camila
"Rafael Tomelin vinha para a minha aula com seu violoncelo. Tinha ensaio depois na Orquestra de Câmara da UFSC. Ele e Camila Hickenbickm, amigos para sempre, encontraram um modo de ler a Via Láctea de Olavo Bilac. O céu, as luzes, a voz, a poesia, o som do violoncelo: Ora direis ouvir estrelas. Certo! Perdeste o senso........" (Tânia Regina de Oliveira Ramos)



Grupo 7
"Mais do que um trabalho final de Brasileira II. Uma aula, uma leitura, com som e imagem, como merecia o Poeta de Desterro. O olhar sensível de Helder, Viviane Lima Ferreira Damaris Silveira Sinara Teixeira Rodrigues e Helder, minhas alunas e meu aluno de Brasileira II. (...) porque o nuLIME e o NUPILL fizeram parte da pesquisa." (Tânia Ramos)




Grupo 8 
Edna, Letícia,  Fabiana e Fernanda Apresentaram sobre Aluísio de Azevedo
"Porque me surpreenderam na escolha que fizeram sobre o século XIX. : Edna, Letícia. Fabiana e Fernanda. O bonito no grupo foi que elas, na segunda fase, têm a noção do que gostariam de ter visto isso no 9o. ano por exemplo. E o encontro de gerações nas vozes. Destaco o talento de Letícia para o desenho. (...) E a delicadeza." (Tânia Ramos)



Grupo 9
Jéssica, Ana Clara, Benedita
"Porque no grupo de Mariele Aguiar Sabrina de Souza Jéssica Perdigão tinha duas intercambistas vindas da Itália. E decidiram pesquisar Monteiro Lobato para que Clara e Benedetta Oliovecchio, tivessem a oportunidade de conhecer as paixões e contradições do escritor. E especialmente como ele nos mostrava o Brasil via Jeca Tatu. Aqui está Lobato biografado." (Tânia Ramos)


Grupo 10
"O parnasianismo e as ondas de Raimundo Correia na leitura poética de Jéssica Taís de Souza e Rafaela Michels Martins. " (Tânia Ramos)


Grupo 11
"Porque Karla, Priscila Pieper Silva e Renato Cristofoletti leram bonito Augusto dos Anjos para a disciplina Brasileira II." (Tânia Ramos)


Ao final das apresentações, com um misto de encantamento, de renovação profissional e de esperança nos profissionais que sairão deste grupo, Refiz meu trajeto como professora.
Professora Tânia fez as considerações sobre os trabalhos (algumas transcritas do Facebook), mas o encantamento pelo que vimos, ouvimos e sentimos não foi somente meu.
Vi nos olhos da professora a alegria de ter sido surpreendida com tantos trabalhos bem feitos, demonstrando o cuidado, o gosto pela literatura, apresentando sensibilidade e talentos até então adormecidos.
Em seguida, falei sobre as minhas percepções sobre os trabalhos, do potencial do que fora apresentado, da importância do trabalho coletivo no dia-a-dia das escolas e também sobre a importância de espaços como aquele na busca do auto(re)conhecimento, dos gostos, das habilidades, dos talentos, das possibilidades de cada uma.
Finalizei com a frase que ouvi de uma das alunas enquanto assistia as apresentações:
"É POR ISSO QUE FAÇO LETRAS".