29 de março de 2010

Gênero textual: crônicas e Figuras de linguagem


1. Complete a segunda coluna com as figuras de linguagem adequadas a cada frase.
a) Comparação            b) Metáfora
c) Catacrese                d) Metonímia
e) Personificação ou prosopopéia
f) Hipérbole                 g) Sinestesia
h) Antítese                  i) Ironia
j) Eufemismo

(    ) “Ah, miserável”, esbravejou a morte. (Millôr)
(    ) Me sinto sozinho no meio da multidão.
(    ) Vou morrer de estudar.
(    ) Ele foi para o reino de Deus.
(    ) Deixei o livro ao pé da cama.
(    ) Tinha um riso franco como o das crianças.
(    ) Tomei uma taça de vinho.
(    ) É um bom goleiro... Só marcaram 7 gols.
(    ) Sua namorada é uma flor.
(    ) A luz dos sons me contempla. (T. Silveira)

2. Assinale os elementos de uma crônica. Lembre-se cada resposta errada excluí uma correta.
(    ) Título comum.
(    ) Uma ou várias personagens, inventadas ou não – o autor pode ser uma delas.
(    ) Não pode ser enredo do dia-a-dia.
(    ) Foco narrativo em primeira ou terceira pessoa.
(    ) Linguagem coloquial.
(    ) Título sugestivo.
(    ) O autor não pode ser personagem.
(    ) Usa somente a língua padrão.
(    ) Tons: poético, humorístico, irônico ou reflexivo.
(    ) Desfecho.
(    ) Cenário curioso.
(    ) No enredo tem um episódio banal do dia a dia.
(    ) A crônica é ambientada somente em cidades.
(    ) O tom da crônica é exclusivamente reflexivo.
(    ) As personagens devem ser somente reais.
(    ) Não tem desfecho.

4. “Ele foi dessa para melhor” é
a) comparação      b) eufemismo
c) hipérbole           d) perífrase

5. “A chuva caia triste” é
a) prosopopéia       b) comparação
c) metonímia           d) metáfora

5. “Te trago mil rosas roubadas” é
a) comparação          b) hipérbole
c) metonímia             d) metáfora

6.  A metáfora aparece em
a) A rainha dos baixinhos estava no programa.
b) Dor é tal qual amor.
c) Nunca mais vou respirar se você não me tocar.
d) Paulo é minha vida.

Leia e responda a crônica Cobrança (M. Scliar)
       Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a aten-ção dos passantes: "Aqui mora uma devedora inadimplente".
        ― Você não pode fazer isso comigo ― protestou ela.
      ― Claro que posso ― replicou ele. ― Você comprou, não pagou. Você é uma devedora ina-dimplente. E eu sou cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
        ― Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
        ― Já sei ― ironizou ele. ― Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
        ― Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
       ― Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este cartaz, até você saldar sua dívida.
        Neste momento começou a chuviscar.
        ― Você vai se molhar ― advertiu ela. ― Vai acabar focando doente.
        Ele riu, amargo:
        ― E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
        ― Posso lhe dar um guarda-chuva...
        ― Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
        Ela agora estava irritada:
       ― Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
      ― Sou seu marido ― retrucou ele ― e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu avisei: não compre essa ge-ladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.
       Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
      O imaginário cotidiano. S.P.: Global, 2001.

7. O autor é observador ou personagem? Qual é o foco narrativo da crônica, comprove com fragmentos retirados do texto.
8. Existe um elemento surpresa. Qual é?
9. Localize:
a) o conflito; b) o desfecho e c) a reflexão
10.  Crie um final para a crônica “Cobrança”.


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