Só hoje, por três minutos
parei de respirar
de modo abrupto
para ouvir
sons que não posso escutar
no dia-a-dia ocupado
com o relógio
que corre apressado.
Os sons da vida pulsante
que não param
ao meu ordenar...
Um estalido de joelho
que senti doer na alma,
o tilintar estridente
de um martelo nervoso,
os passos apressados de uma dona
equilibrados
em grossos saltos altos,
motores de carros,
sons de bfreadas, buzinas,
vozes ao longe.
Os sons da minha respiração,
cujo ar passeava pelo meu corpo
fazendo a vida lá fora
bater cá em meu peito.
(Rosane Hart, 24/03/2010)
Escrito durante a oficina da Olímpiada de Língua Portuguesa)
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