Correção de Fluxo
O setor responsável pelo projeto de Correção de Fluxo na GERED é a Integração do Ensino Fundamental, com a coordenação da Integradora Selma e a participação de Terezinha e Fernanda.
"As Gerências Regionais de Educação (GERED) realizaram levantamento do quantitativo de estudantes com mais de 13 anos que frequentam os quintos e sextos anos (séries) na rede estadual de educação de Santa Catarina no ano de 2011. A Diretoria de Educação Básica e Profissional (DIEB), de posse destes dados, constatou, então, relevante distorção idade/série decorrente de diversos fatores: ingresso tardio à escola – sobretudo em comunidades rurais com dificuldade de acesso, a deficiência no transporte dos estudantes, o ingresso à educação básica postergado por ser portador de necessidade especial e ter frequentado espaços específicos como APAES e, principalmente, na maioria dos casos, a distorção em virtude da retenção/reprovação. Diante disto, a Secretaria de Estado da Educação (SED), através da DIEB e da Gerência de Ensino Fundamental (GEREF), ponderou sobre a necessidade de oferecer atendimento alternativo, com terminalidade para o Ensino Fundamental, para estudantes com distorção idade/série, com vistas ao sucesso escolar no ano de 2012, criando, assim, o “Programa de correção do fluxo idade/série: recuperação dos saberes”, cujo objetivo é possibilitar o ingresso, em 2013, no Ensino Médio, bem como a permanência com aproveitamento e êxito na aprendizagem.
Do ponto de vista de uma fundamentação teórico-metodológica, este Programa aporta-se nos pressupostos da Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina (1998) e demais tomos posteriores, bem como, da ótica legal, subsidia-se nos Pareceres CNE/CEB/MEC 07, 11 e 12 de 2010, nas Resoluções CNE/CEB/MEC 04 e 07 de 2010 e demais pareceres e resoluções do Conselho Estadual de Educação que versam sobre o assunto(...).
Convém considerar que a apropriação do conhecimento é um direito social previsto pela Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDBEN 9394/1996, Estatuto da Criança e Adolescente, portanto é responsabilidade do Estado propiciar condições para que este direito seja garantido com qualidade. A correção de fluxo, ou aceleração de estudos para estudantes com distorção idade/série, é garantida no Artigo 24, inciso, V alínea b da LDBEN 9394/1996.
Com este entendimento, passa-se a adotar uma postura profissional em que se faz necessário produzir condições específicas para a aprendizagem destes meninos e meninas que têm a singularidade de estarem no limiar da infância e da juventude, que têm dificuldade de se identificarem nas metodologias tradicionais de ensino e aprendizagem e que não concebem os conteúdos escolares como parte integrantes de suas vidas. Desta forma a relação com os saberes exige um novo movimento de tempo-espaço, de metodologia diversificada e de foco num currículo com significado, pois só com estas condições se oportuniza a conclusão do Ensino Fundamental com as competências necessárias a continuidade dos estudos.
OBJETIVOS
· Corrigir o fluxo idade/série de 100% dos estudantes do Ensino Fundamental.
· Recuperar os saberes que possibilite terminalidade deste contingente no Ensino Fundamental e ingresso no Ensino Médio com condições de permanência e aproveitamento.
COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
SED – Elaborar e organizar o Programa de correção de fluxo idade/série a ser cumprido por todas as escolas; designar a coordenação do Programa às Gerências Regionais de Educação sob a responsabilidade do Gerente de Educação, do Supervisor de Educação Básica e Profissional e Integrador de Ensino Fundamental; elaborar e coordenar formação centralizada dos professores participantes do programa e demais profissionais envolvidos no processo; elaborar e organizar a produção de materiais didáticos específicos.
GEREDs – Coordenar a implantação do programa correção de fluxo nas GEREDs; Realizar acompanhamento sistemático do programa correção de fluxo através de reuniões de avaliação, visitas às escolas, participação em conselhos de classe; implementar e acompanhar as orientações e trabalhos pedagógicos emanados do órgão central; participar dos encontros pedagógicos de estudos e avaliação convocados pelo órgão central; encaminhar ao órgão central relatório bimestral avaliativo das turmas de cada escola, por GERED.
UNIDADE ESCOLAR – Reestruturar seu PPP constando o programa de correção de fluxo idade/serie; desenturmar os estudantes com 13 anos ou mais frequentando o 5º e 6º ano em 2011 e enturmá-los em turma de correção de fluxo; elaborar diagnóstico de cada aluno eletivo à correção de fluxo, tendo por base o currículo descrito no documento “Orientação Curricular com foco no que ensinar: Conceitos e Conteúdos para a Educação Básica-2011”.
UNIDADE ESCOLAR – Reestruturar seu PPP constando o programa de correção de fluxo idade/serie; desenturmar os estudantes com 13 anos ou mais frequentando o 5º e 6º ano em 2011 e enturmá-los em turma de correção de fluxo; elaborar diagnóstico de cada aluno eletivo à correção de fluxo, tendo por base o currículo descrito no documento “Orientação Curricular com foco no que ensinar: Conceitos e Conteúdos para a Educação Básica-2011”.
O relatório avaliativo deve estar pautado nos seguintes itens:
a) Quantos dominam a escrita?
b) Quantos leem e escrevem?
c) Quantos dominam os cálculos?
d) Após o diagnóstico dos estudantes elegíveis para o programa a escola organizará a enturmação para que num período de um ano estes concluam o Ensino Fundamental. Viabilizar espaço físico (sala) para o funcionamento da(s) turma(s).
Fonte: BLOG SUPERVISÃO DE ENSINO
Leia o documento na íntegra:
Orientações curriculares e didático-pedagógicas para o
Programa de Correção de Fluxo – 2012[1]
Este documento está diretamente articulado, do ponto de vista legal e
teórico-metodológico, aos documentos publicados pelo Conselho Nacional de
Educação, Ministério da Educação, Conselho Estadual de Educação e Secretaria de
Estado da Educação, além do que sua leitura e aplicação estão vinculadas ao
Programa de Correção de Fluxo – 2012 e ao documento Orientação Curricular com
Foco no que Ensinar: Conceitos e Conteúdos para a educação Básica (Documento
Preliminar) da Diretoria de Educação
Básica e Profissional com vistas à erradicação da distorção idade/série nas
escolas da rede estadual de ensino.
O foco da atuação pedagógica incide sobre as habilidades de leitura, de
produção textual escrita, sobretudo, e de cálculo. Para tanto, a Língua
Portuguesa, a Matemática, a Arte e a Educação Física planejarão e desenvolverão
atividades de aprendizagem voltadas às habilidades referidas.
A escolha por estas disciplinas se deve ao fato de que a aprendizagem e o
uso social da leitura e da escrita são aspectos fundamentais para a
formação dos educandos possibilitando a
compreensão, a interpretação e a apropriação de saberes das áreas do
conhecimento através da linguagem. O raciocínio lógico, presente no ensino da
Matemática, possibilita a compreensão o entendimento do mundo nos aspectos
práticos da vida cotidiana.
As disciplinas de Artes e Educação Física através da corporeidade, do
movimento, da simetria, da lateralidade, da estética, da cultura, entre outras,
permitem a compreensão e apropriação do conhecimento sobre corpo, sobre
cultura, sobre linguagem e sobre a arte. É importante salientar que, embora
estejam previstas estas disciplinas curriculares, os conceitos/conteúdos
deverão ser desenvolvidos a partir de uma
perspectiva transdisciplinar, com planejamento das aulas realizado
articuladamente entre os docentes e a coordenação pedagógica, para que se
executem, como dito anteriormente, Projetos ou Atividades de Aprendizagem.
O planejamento deverá ser articulado
com e entre os quatro professores resultando em postura e ação docente mais
qualificada para que o estudante aprenda a ler, a falar em diferentes contextos
sociais de uso da oralidade, a escrever (em) para os diferentes contextos de
uso da escrita e a calcular, isto é, possibilitar a compreensão do ambiente
natural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes,
da cultura e dos valores que fundamentam a sociedade: consolidação da alfabetização
com letramento na área da linguagem e da matemática.
Levando em consideração as aproximações entre letramento e o numeramento,
trazemos o conceito de “letramento matemático” postulado por Machado (2003,
p.135) e citado por Gonçalves (2010),
(...) um processo do sujeito que chega ao estudo da
Matemática, visando aos conhecimentos e habilidades acerca dos sistemas
notacionais da sua língua natural e da Matemática, aos conhecimentos
conceituais e das operações, a adaptar-se ao raciocínio lógico abstrativo e
dedutivo, com o auxílio e por meio das práticas notacionais, como de perceber a
Matemática na escrita convencionada com notabilidade para ser estudada,
compreendida e construída com a aptidão desenvolvida para a sua leitura e para
a sua escrita.
A concepção em que está
ancorado esse conceito compreende a leitura e a escrita como principal
estrutura de formação. Gonçalves (2010, p. 7) acrescenta que “a leitura e
escrita são, sem dúvida, a base para que estruturas mais complexas de
pensamento e formas diversificadas de raciocínios lógicos, se construam”.
Sendo assim, cabe algumas
ponderações sobre leitura e produção escrita no campo pedagógico, as quais
apresentamos a seguir.
Considerações
sobre a leitura e a escrita como fatores de aprendizagem
1- As atividades de leitura e de escrita devem ser planejadas em
conjunto, em um continuum, de tal maneira que a primeira (leitura) se
encaminhe e resulte na segunda (escrita);
2- é preciso considerar quando do
planejamento docente das aulas:
- a idade (da criança ou do adolescente);
- seu momento cognitivo no processo de aprendizagem da leitura e da escrita,
- sua prática e envolvimento como leitor e como produtor de texto escrito.
3- Para o sucesso na execução das
atividades planejadas, o professor precisa conhecer previamente o material
pedagógico a ser utilizado nas dinâmicas didático-pedagógicas (sugerimos os
cadernos do GESTAR II – Língua Portuguesa e Matemática). Faz-se necessário realizar
estudo das possibilidades de uso pedagógico, considerando: o formato (configuração
do texto), as ilustrações, o enredo, o autor (sua história), a editora, o ano
de edição, o suporte; enfim demais informações para amplo conhecimento sobre o
objeto de estudo.
I-
LEITURA: alguns aspectos teóricos
Leitura em seu sentido lato,
corresponde a um processo constituído de quatro momentos indissociáveis e
absolutamente articulados, mas que, para efeitos de compreensão pedagógica,
aparecem, aqui, separados:
1- Decodificação:
instante da leitura em voz alta ou mesmo silenciosa em que o leitor fixa o
olhar no texto escrito e, através da visão, encaminha para o cérebro os sinais
gráficos, decodificando-os (letras e demais sinais gráficos que compõem o
sistema escrito) em sinais acústicos (fonemas/sons da fala).
Exemplo:
Ao ler o texto abaixo, constituído de logatomas (palavras criadas para fins
experimentais, sem valor semântico) o leitor apenas acessa à decodificação,
porém não avança para adiante no processo de leitura pois não atribui
significado às palavras dado que não são da Língua Portuguesa e tampouco possui
registros em sua memória semântica.
Mirimi e Gissitar
Era uma vez dois trafelnos, Mirimi e Gissitar. Os dois
trafelnos eporavam longe das perlogas. Num masto porém, um dos trafelnos,
Mirimi, felnou que ramalia rizar uma perloga. Gissitar regou muito. Ele rusbia
que Mirimi não rizaria mais da perloga.
Gissitar felnou, felnou, regou, regou, mas nada. Mirimi
estava leruando: romalia, rizar uma perloga. No masto do fabeti, procou
Gissitar e os dois rizaram apeli. Gissitar não romalia clinar Mirimi.
2- Compreensão:
instante em que, decodificada cada palavra, o leitor atribui significados que
estão no plano da memória semântica (memória dos significados).
Exemplo:
Referência:
Dicionário Eletrônico Houaiss, versão 1.0, Dez/2001.
MESA:
substantivo feminino
1 Rubrica:
mobiliário.
móvel composto de um tampo
horizontal, de formatos diversos, repousando sobre um ou mais pés, e que ger.
se destina a fins utilitários: refeições, jogos, escrita, costura, apoio etc.
Ex.:
3- Interpretação:
instante em que o leitor articula o significado a sua representação de mundo e
produz um sentido (contextual) ao texto como um todo.
Exemplo:
“Só a mesa nos leva boa parte do salário.”
“Ponha a mesa.”
“Alguém fazer parte da mesa em um congresso.”
“Eleger a mesa diretora, ou a presidência da mesa.”
É necessário que o leitor compreenda o significado de mesa
dado no item 02 para atribua os
diferentes sentidos decorrentes do contexto de uso da palavra.
4- Apropriação
e/ ou expansão de conhecimento (conceitos): instante em que o leitor,
vencidas as etapas anteriores, internaliza, ou seja, se apropria de um
conhecimento com o qual lidou no plano externo (interpsicológico).
II-
ESCRITA: alguns aspectos teóricos
Leitura e produção escrita se fundem no processo escolar de
ensino-aprendizagem dessas habilidades. Por isso, para iniciar qualquer
produção escrita, há que se considerar a leitura como um processo, tal qual o
explicitado anteriormente.
Considera-se, para o processo de produção
escrita, três momentos:
1- Momento da Pré-textualização.
Nesta etapa da textualização, o professor discute com a criança ou adolescente
o que foi lido a respeito do tema para a produção escrita e entram em jogo
indagações como :
i) como será a
produção (a configuração do texto em virtude do gênero textual e do suporte
(portador de texto));
ii) para quem se
destina a produção(destinatário) e;
iii) como será
divulgada (publicada – lembrando que toda a produção textual escrita na escola
deve “ser dada”(dirigida) a um leitor real, seja ele ou não da instância
escolar).
Caso se
desconsidere a pré-textualizacão, pode ter um texto como:
2- Momento da Textualização. Nesse instante a criança ou o adolescente escreve (produz) o texto. Após a escrita de uma primeira versão, volta-se à produção, para “apreciá-la” na condição de leitor e, então, realizar os ajustes necessários sob mediação do professor e/ ou de sujeitos mais experientes na sala de aula. Serão produzidas tantas versões quantas forem necessárias para que se considere o texto como “pronto”, isto é, dado à publicação.
Observa-se o
plano da “superfície textual”, ou seja, elementos da materialidade lingüística
(coesão) e, também, da estrutura global e discursiva (estrutura
profunda/ideológica) que possibilitam a coerência.
3- Momento da Divulgação, quando
professor e produtor do texto preocupam-se com o evento sócio-comunicativo,
para divulgação da produção escrita. Estão em jogo, aqui, o portador do texto
(como e em que material será publicado), o local da publicação, o planejamento
do evento, dentre outras questões pertinentes a um momento de divulgação de
um trabalho escrito.
III-
BALIZADORES DO PLANEJAMENTO E DAS DINÂMICAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS: As Expectativas de aprendizagem do estudante
do Programa de Correção de Fluxo 2012
O maior desafio neste trabalho pedagógico é desenvolver no estudante uma
base de competência leitora e de produção textual. Como foi dito anteriormente,
em outra palavras, leitura é o processo de produção de significados coerentes,
estabelecidos por relações de interdependência entre elementos de natureza
linguística recuperáveis na superfície do texto e também na condição de
familiaridade em que o leitor se encontra diante do texto e seu contexto.
Construído pelo leitor em ação na prática social, esse processo de
significação extrapola a mera decodificação dos sinais gráficos, como foi dito,
e avança para a capacidade de compreender com criticidade, de modo que e
leitura dos textos não se reduza à leitura na e para a escola, mas que, ao
fazer uso de textos de diferentes gêneros, e ao refletir sobre eles, essa
prática se expanda para além da lógica da vida cotidiana.
O processo de construção de significados e de produção de texto parte
da ativação de conhecimentos prévios dos
atores sociais e envolve vários tipos de conhecimentos: o linguístico, o de
mundo, o da situação comunicativa e de suas regras, o da superestrutura dos
gêneros textuais e dos tipos textuais, o estilístico e o intertextual.
Então, ao final de 2012, esperamos que o estudante envolvido neste
programa, consolide as expectativas
apresentadas adiante; contudo vale frisar que os conceitos/conteúdos
elencados pelo professor, bem como a metodologia, a ação e a postura docente e
o planejamento necessitam tomar como ponto de partida e de chegado o que se
apresenta a seguir, considerando a reflexão levada a cabo até aqui.
a-
Expectativas
na dimensão textual
- Localizar informação explícita
associada ao gênero textual.
-Identificar gênero textual por
aspectos estruturais e elementos lexicais explícitos.
-Distinguir prosa e verso
-Explicitar o sentido global do
texto.
-Diferenciar as partes principais
das secundárias em um texto.
-Identificar o padrão geral de
organização de gêneros textuais, associando-o à sua função social.
-Identificar informação por
interpretação de material gráfico diverso em texto multimodal.
-Relacionar elementos do texto
com o contexto de produção.
-Inferir o sentido de uma palavra
ou expressão em função do gênero de texto e da situação de interlocução.
-Identificar informações que
levem à construção de significados por meio de estratégias de antecipação.
-Identificar o tema de um texto
com o auxílio de suas características tipológicas e/ou estruturais.
-Reconhecer presença de intertextualidade
implícita.
-Reconhecer posições distintas
entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
-Identificar a tese de um texto.
-Estabelecer relação entre a tese
e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
-Identificar referências e/ou
remissões explícitas a outros textos.
-Localizar e relacionar
informações explícitas distribuídas ao longo de um texto, sintetizando-as em
uma ideia geral, uma categoria ou um conceito.
-Relacionar características
básicas do gênero textual, associando-o à sua função social e/ou a seu
propósito comunicativo.
-Relacionar informações para
justificar o ponto de vista de autores de gêneros argumentativos.
-Reconhecer estratégias
discursivas de construção de argumentos e contra-argumentos.
-Relacionar o emprego de
diferentes pessoas do discurso ao gênero textual.
-Associar o conteúdo do texto a
seu suporte.
-Reconhecer público-alvo ao qual
se destina o texto.
-Reconhecer gênero textual por
meio de aspectos estruturais e/ou de suas características composicionais.
b-
Expectativas
na dimensão variação linguística
-Distinguir marcas de linguagem
oral e da linguagem escrita em função da situação interlocutiva.
-Justificar uso de fenômenos
linguísticos das diferentes variedades da fala e da escrita, nos seguintes
domínios: sistema pronominal; sistema de tempos verbais e emprego dos tempos
verbais; casos gerais de concordância nominal e verbal para recuperação de
referência e manutenção da coesão.
-Justificar escolhas pelo
registro formal ou informal em função da situação de uso e/ou do propósito
comunicativo.
-Identificar traços de
formalidade e informalidade em diferentes gêneros orais.
-Identificar formas adequadas de
cortesia verbal em interações orais do cotidiano comunicativo.
-Avaliar a diferença de comportamento
linguístico nos processos de interação como um fato normal na língua.
-Identificar uso de palavras
estrangeiras e criações neológicas como procedimentos argumentativos.
-Reconhecer efeitos de sentido
decorrentes do uso de recursos expressivos peculiares ás diferentes variedades
linguísticas em função do gênero textual.
-Identificar emprego de
diferentes níveis de uso de construções, palavras e locuções formais,
informais, eufemísticas, hiperbólicas, irônicas, jocosas, de linguagem amorosa,
infantil, criminosa etc.
-Explicar o uso de determinados
empréstimos linguísticos ou gramaticais de outras línguas em um texto em língua
materna.
-Identificar marcas do discurso
oral como procedimento argumentativo no processo de recepção de textos de
vários gêneros.
-Reconhecer características da
língua coloquial.
c-
Expectativas
na dimensão sistêmica
-Inferir significado de palavra
com base em índices linguísticos e contextuais.
-Recuperar informação explícita
com base em conhecimentos linguísticos.
-Identificar função de letras
maiúsculas no início de frases, de nomes próprios e de títulos.
-Estabelecer relação de sinonímia
entre diferentes palavras.
-Identificar a função do
substantivo na nomeação de algo ou alguém.
-Associar elementos pronominais
(anafóricos ou catafóricos) a seus referentes.
-Associar uma palavra ou
expressão a seu referente, observando a concordância entre eles.
-Estabelecer relações entre
partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem
para a continuidade do fluxo informacional.
-Identificar propriedades de
textualidade (continuidade, progressão, coesão e coerência) como recurso
estratégico para sustentar o ponto de vista do enunciador.
-Identificar marcas linguísticas
que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
-Estabelecer relações
lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções e outros
elementos conectores interfrásicos.
-Estabelecer relação
causa/consequência entre partes e elementos do texto.
-Identificar o efeito de
sentimento decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
-Estabelecer sentido com base nos
sinais de pontuação, no processo de paragrafação, nas marcas do discurso direto
etc.
-Identificar efeitos de ironia ou
humor desencadeados por diferentes recursos linguísticos.
-Reconhecer o efeito de sentido
decorrente da escolha de determinada palavra ou expressão.
-Identificar o valor semântico
dos modos verbais indicativo, subjuntivo e imperativo.
-Reconhecer a função de verbos
empregados nos diferentes tempos verbais.
-Estabelecer relação
causa/consequência, integrando texto e material gráfico.
-Reconhecer função de palavras ou
expressões gramaticais em funcionamento.
-Reconhecer o valor expressivo do
adjetivo em descrições e caracterizações.
-Reconhecer efeito de sentido obtido
com escolha de pronome de tratamento.
-Reconhecer função de aspectos da
modalidade oral, como hesitações, indicadores de interrupção e de mudança de
turnos, coloquialismo, expressões idiomáticas, presença de contrações,
presentes tanto na sintaxe como no léxico.
-Identificar função e efeitos de
sentido de mecanismo de textualização, como relevo, resumo, referenciação e
parafraseamento.
-Reconhecer função de elementos
que enfatizem a intenção de persuadir (pela emoção) e convencer (pela razão).
d-
Expectativas
para as estruturas do conhecimento matemático em seus domínios
-Construir significados e ampliar
os já existentes para os números naturais, inteiros e racionais.
-Utilizar o conhecimento
geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e para agir
sobre ela.
-Construir noções de grandezas e
medidas para a compreensão da realidade e para agir sobre ela.
-Construir noções de variação de
grandeza para compreensão da realidade e para agir sobre ela.
-Construir e utilizar conceitos
algébricos para modelar e resolver problemas.
-Interpretar informações de
natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas,
realizando previsão de tendência, interpolação e interpretação.
-Compreender conceitos,
estratégias e situações matemáticas numéricas para aplicá-los a situações
diversas no contexto das ciências, da tecnologia e da atividade cotidiana.
Para
a consolidação das expectativas de aprendizagem em relação ao numeramento ou letramento matemático
conforme abordado anteriormente,
sugerimos conteúdos que devam estar presentes nos texto orais e escritos na
interlocução das aulas neste programa:
Quantidade e medida
- Sistema de numeração decimal e suas características:
agrupamentos, trocas na base 10 e valor posicional.
-Números naturais na reta numérica. Números ordinais.
-Decomposição de números naturais em suas diversas ordens.
-Adição e subtração de números naturais e seus diferentes
significados
-Multiplicação e divisão de números naturais e seus
diferentes significados.
-Conceito de potência e cálculos simples. Potências de 10
para simplificar a escrita de números.
-Números pares e ímpares. Números primos e decomposição de
um número natural em fatores primos.
-Critérios simples de divisibilidade.
-Múltiplos de um número natural. Mínimo múltiplo comum.
Ideias de dobro, triplo, dúzia e outras unidades de contagem.
-Divisores de um número. Máximo divisor comum. Ideias de
metade, terça parte e outras.
-Representação Fracionária- Conceito e diferentes
significados de uma mesma fração.
-Fração – Localizar na reta numérica e diferentes
representações de uma mesma fração.
-Comparação de frações. Equivalência e ordenação.
-Representação decimal e localização na reta numérica do
número racional.
-Comparação de números fracionários escritos na forma
decimal.
-Operações de adição e subtração com números racionais, na
forma fracionária e na decimal.
-Multiplicação de frações e divisão de fração por natural.
-Padrões numéricos ou geométricos em sequências.
-Sistema monetário brasileiro – reconhecimento de cédulas e
moedas. Escrita de seus valores; trocas e troco.
-Porcentagem – conceito como fração, Porcentagens simples
(25%, 50%, 100%).
-Conceito de medida: medidas de grandezas com unidades
convencionais ou não.
-Unidades de medidas de comprimento, massa, capacidade,
temperatura, energia – km, m, cm, kg, MG, L, mL, °C, W, KW. Conversão de
unidades.
-Unidades de medida de área – múltiplos, submúltiplos e
conversões.
-Unidade de medida de tempo e intervalos de tempo.
Calendário.
-Horários em relógios mecânicos e digitais.
-Possibilidades. Contagens simples, com ou sem o princípio
fundamental da contagem.
Espaço e forma
-Noções intuitivas de retas paralelas, concorrentes e
perpendiculares, retas horizontais e verticais.
-Ângulos como mudança de direção ou giro; ângulos agudos,
obtusos e retos.
-Poliedros e corpos redondos: propriedades comuns e
diferenças e relação das figuras tridimensionais com suas planificações.
-Figuras bidimensionais: propriedades comuns e diferenças
relativas a número de lados, tipos de ângulos.
-Quadriláteros e sua classificação pela posição relativa de
seus lados (paralelos perpendiculares).
-Ampliação e/ou redução de figuras poligonais em malhas
quadriculadas com verificação de conservação ou modificação de medidas de
lados, perímetro, ângulos, área.
-Localizar/movimentação de objetos em mapas, croquis e no
sistema cartesiano (1º quadrante). Noções de direita/esquerda, acima/abaixo,
para trás/para frente etc.
-Minimização de caminhos entre pontos em malhas quadriculadas
ou não.
-Área de figuras planas em malhas quadriculadas ou não e por
decomposição.
-Movimentações isométricas no plano (translações, rotações e
reflexões) de figuras desenhadas, ou não, em malhas quadriculadas e
congruência.
-Linhas, ou eixos, de simetria de figuras planas desenhadas,
ou não, em malhas quadriculadas.
Incerteza
-Leitura e uso de dados apresentados em tabelas e/ou
gráficos simples.
-Ideia de probabilidade. Representação da probabilidade em
forma de percentual ou fração.
-Média aritmética e sua interpretação.
A Arte e a Educação Física
atuam integradamente ao que está previsto anteriormente possibilitando ao
estudante a compreensão da corporeidade, do movimento, da simetria
(assimetria), do espaço, do tempo, entre outros, trazendo à aula, de forma
lúdica, elementos para que cada sujeito se compreenda como homem/mulher,
social, histórico e culturalmente produzido e produtor.
Os textos da Arte serão de grande
proveito para tratar o sujeito do ponto de vista das ciências humanas enquanto
que, os da Educação Física, podem realizar uma abordagem também sobre a égide
das ciências naturais.
Concluindo, então, as orientações apresentadas constituem-se em um
primeiro passo para a realização de atividades de aprendizagem com o objetivo
de possibilitar o acesso e o aprofundamento às
habilidades de leitura e de escrita com vistas ao letramento. Contudo, compete
ao professor buscar alternativas para as dinâmicas didático-pedagógicas em sala
de aula, através da indagação constante sobre a produtividade do trabalho
docente para a aprendizagem do adolescente. A inquietação epistemológica deve
fazer parte da vida profissional do educador. Paulo Freire, em Pedagogia da
Autonomia, afirma que ensinar é pesquisar
– indagar-se constantemente. O professor deve avançar do nível da criticidade e
da curiosidade ingênua para a criticidade e a curiosidade epistemológica
através da constante reflexão sobre seu trabalho e sua postura docente.
Referência:
ANDRADE, Renato J. de (Org.). Avaliação da competência na educação básica: um marco referencial
para a prática. São Paulo: Moderna, 2011.
FERREIRA, Isaac. Coerência,
informatividade e ensino: estudo e reflexão em textos de professores do Ensino
Fundamental. 2000. 148f. Dissertação (Mestrado em Lingüística) Programa de
Pós-Graduação em Lingüística da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis: UFSC.
____.
O gênero textual na formação docente e
na sala de aula: cenas de compreensão, produção e divulgação de texto.
2007. 278f. (Doutoramento em Linguística). Programa de Pós-Graduação em
Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC.
____.
Sobre esfera social, gênero textual e
tipologia textual: conceitos e ponderações para a prática pedagógica. In: HEINIG, Otília L. de O. M. &
FRONZA, Cátia de A. (Org.) Diálogos
entre linguística e educação, II: a linguagem em foco: a interlocução
continua. Blumenau: Edifurb, 2011, p. 105-112.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia:
saberes necessários à prática educativa. 33ª ed. São Paulo: Paz
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FURLANETTO, Maria Marta; BORTOLOTTO, Nelita. Ensino da língua: mudar para quê?. Palestra proferida na I Conferência
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Disponível em http://br.geocities.com/agatha.
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Curricular de Santa Catarina: educação infantil, ensino fundamental e
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______. Secretaria de Estado da
Educação e do Desporto. Diretrizes 3:
organização da prática escolar na educação básica: conceitos científicos
essenciais, competências e habilidades. Florianópolis: Diretoria de Ensino
Fundamental/Diretoria de Ensino Médio, 2001
______. Secretaria de Estado da Educação, Ciência e
Tecnologia. Proposta Curricular de Santa
Catarina: Estudos Temáticos. Florianópolis: IOESC, 2005
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