13 de março de 2014

Coleção - Linguagem: Conexão com o mundo

Livros Didáticos de Português para o Ensino Fundamental
Coleção Linguagem: Conexão com o mundo
Do 6o ao 9o ano.
Autoras: Professoras Doris Day DollRosane Hart e Simone Constante ( Si Raposinha). Coordenação professor Dr. Sílvio Wonsovicz e  professora Dr. Gigi Anne H. Sedor.
Editora Sophos

Quando vemos ou analisamos o material didático que nos é apresentado tecemos críticas sobre os mais variados aspectos do livro. Contudo, se quer imaginamos o trabalho que os escritores e/ou produtores tiveram ou ainda o que é enfrentar o grande mercado editorial.
A produção esbarra:
a) no custo da informação (pois sim, muitas informações têm que ser compradas de seus respectivos autores), b) no alto custo de imagens, 
c) a não-autorização da publicação de textos de respectivos autores, por eles mesmos ou por seus herdeiros.
d) muitas outras coisas mais.




Nos esmeramos na produção de cada volume da Coleção "Linguagem: conexão com o mundo" publicado pela Editora Sophos. O material já foi adotado por diversas escolas espalhadas nas mais diversas regiões do país. 
Vale conhecer... 


A seguir entrevista com a professora Dr. Gigi Anne H. Sedor publicado no Portal Ser





Outro enfoque no ensinar e aprender - CONHECER E SER

Profª. Drª. Gígi Anne Horbatiuk Sedor é a coordenadora pedagógica do Sistema de Ensino Reflexivo e supervisora editorial das coleções de livros Didático-Reflexivos do S.E.R., livros que foram escritos por equipes de professores que estão em sala de aula, sob a orientação da Drª. Gígi, e que lançamos no 2º semestre deste ano, em comemoração aos 20 anos do Centro de Filosofia e da Editora Sophos. Inauguramos assim um novo momento na história da Educação Reflexiva e do Ensino de Filosofia nas escolas, principalmente naquelas que têm uma preocupaçãocom o SER.
01.  O que levou o CENFEP ao desenvolvimento dos livros didático- reflexivos e, junto com a Editora, à criação do S.E.R.?
Profª. Gígi: Há vinte anos o Centro de Filosofia Educação para o Pensar faz um trabalho voltado para a inserção da disciplina de Filosofia nas escolas, defendendo a importância do pensar filosófico-reflexivo no processo de ensino-aprendizagem, na formação de cidadãos autônomos e eticamente comprometidos com o ideal de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao longo desse trabalho com professores, estudantes e pais, nas experiências vividas nas salas de aula, nas conversas com as comunidades escolares e em discussões, nas universidades, com especialistas em educação, percebemos que seria enriquecedor ampliar o espaço do pensar reflexivo, tradicionalmente restrito às aulas de filosofia, levando-o a todas as disciplinas. Foi uma proposta que surgiu como fruto da reflexão sobre as práticas escolares, e fecundada pelas visões de educação de Kant, Adorno, Habermas, Dewey, Lipman, Schön, Zeichner, Alarcão, Freire, Saviani e Wonsovicz. Passamos a desenvolver esta possibilidade de abordagem reunindo educadores críticos com vasta experiência (atuando em sala de aula) em suas disciplinas e interessados em construir outra via para o ensino.
02. Em que as coleções dos livros didático-reflexivos do S.E.R. diferem das outras que estão no mercado?
Profª. Gígi: A equipe de autores se propôs a elaborar livros didáticos que levem os estudantes a uma postura mais ativa na aprendizagem, fazendo-os construtores de seu conhecimento, tirando-os do papel de receptores passivos do saber acumulado que a pedagogia tradicional lhes reservava. Como isto se coloca na prática? Os conteúdos foram abordados de modo a correlacionar o conhecimento teórico com a experiência concreta, prática, dos estudantes. O conhecimento alcançado por cada um deverá ser tecido com base nos saberes produzidos pelos investigadores das diferentes áreas de pesquisa científica, mas de maneira crítica, refletida, relacionada ao viver, possibilitando a aplicação criativa desse saber na resolução de novos problemas ou questões urgentes que se apresentem. Conhecimento e ação, o pensar e o agir interligados, tornando o pensar em uma ação concreta no âmbito da vida particular e social.
03.  E quem são os autores dos livros didático-filosóficos que o SER apresenta às escolas em 2009 (Alfabetização - 1º ano e do 6º ano – história, geografia, ciências, português e matemática), os quais terão continuidade nos próximos anos?
Profª. Gígi: São professores-autores que pensam sobre o fazer pedagógico, sobre as ações pedagógicas e o conhecimento que as guia, procurando perceber mais claramente suas implicações, suas conseqüências, seu alcance. Querem levar os estudantes a distinguir alternativas teóricas e práticas e a criar novas proposições, a imaginar caminhos novos, seja desenvolvendo novas tecnologias, seja buscando práticas sustentáveis para uma sociedade livre, igualitária, fraterna e em harmonia com a natureza. Em outras palavras, a abordagem dos conteúdos e atividades propostas pelos professores-autores (que estão em sala de aula) guia-se por uma pedagogia da autonomia, objetiva que o estudante torne-se um sujeito autônomo, capaz de autogestão, de pensar por si mesmo, diminuindo o domínio das ideologias, das ideias alheias sobre si. Quando o homem pode pensar livremente, de modo crítico, investigativo e criativo, emocionalmente equilibrado, ele pode avançar em seu projeto de SER, de desenvolver suas qualidades essenciais, aquelas que o fazem indivíduo único e valoroso, aquelas que não pertencem à esfera do ter, das aparências, do adereço exterior que o dinheiro pode comprar. Neste sentido, há um projeto de ser humano que guia a proposta do nosso material didático e que está claro em todos os materiais da editora Sophos. Estamos comprometidos com dois aspectos da educação, a informação e a formação, com o conhecer e com o ser.
04.  Como é a proposta didático- metodológica dos livros?
Profª. Gígi: Todas as coleções pautaram-se pelo mesmo método didático, esse método aparece traduzido nos passos de abordagem dos conteúdos em cada capítulo dos livros: motivando a pensar, registrando e ampliando horizontes, aprofundando o pensar, conectando-me com o mundo, situando-me, finalizando sem finalizar e colocando a mão na massa; com alguns tópicos específicos em cada disciplina. Aliada a esses passos há uma constante estimulação à percepção de uma visão interdisciplinar do saber. Trata-se da reflexão crítica como instrumento de construção do conhecimento e ampliação da visão de mundo. É parte central da proposta de ensino a insistência nas atividades investigativas, de pesquisa, discussão e construção conjuntas, desenvolvidas em grupos de estudantes, nas Comunidades de Aprendizagem Investigativa. Trabalhando em suas tarefas nos grupos os estudantes interagem entre si, dialogam criticamente, discutem as questões em pauta e testam hipóteses de solução,  desenvolvendo suas capacidades de expressão, atenção, partilha, cooperação, corresponsabilidade e senso democrático. Para uma compreensão mais aprofundada desses passos metodológicos convido os leitores a conhecerem os livros, a experimentá-los.
05.  Mudanças no material didático são suficientes para promover mudanças no processo de ensino-aprendizagem?
Profª. Gígi: É necessário que o professor pense sobre o que faz durante o processo de ensino-aprendizagem, que avalie, que reestruture, que reveja o recorte dos temas, a proposição de tarefas, os moldes de avaliação, a divisão do tempo, que tenha flexibilidade no agir e competência para criar opções de trabalho. E, para além disso, é importante que todos aqueles que participam da comunidade escolar Emancipados porque saídos de um estágio de minoridade, de dependência em relação aos outros, de submissão às idéias e valores dominantes, porque capazes de escolher conscientemente que tipo de ser humano desejamos vir a ser, que crenças e valores desejamos adotar. Autônomos porque detentores do poder de pensar por nós mesmos, de propor e justificar nossas idéias, de agir

Nenhum comentário:

Postar um comentário