Tema
T7. Formação de professores de
língua e literatura: políticas e programas
DAS REMEMORAÇÕES ÀS INVISIBILIDADES E APAGAMENTOS
Rosane Hart (UFSC) [1]
Pensar a
Literatura atrelada ao sistema de ensino em seus vários níveis nem sempre foi a
(pre)ocupação primeira dos teóricos da literatura e dos programas de
pós-graduação. No entanto, há uma relação intrínseca entre história da literatura
e currículos escolares. Percebendo a
historicidade de um país, percebemos igualmente que a busca por uma identidade
nacional, a relevância pela “grande” literatura - o cânon - e o currículo
escolar são forças que atravessaram os currículos de Letras e consequentemente responsáveis
por invisibilidades e apagamentos. Minha pesquisa, nessa fase, quer pensar a
ausência de um discurso crítico na prática docente provocado por recortes
temáticos e historiográficos que apagam mo(vi)mentos literários. Uma das
maiores ausências que se dá, provocada pelos próprios currículos de Letras, é
toda a referência ao que se convencionou chamar de literatura regional, ou
seja, monemas do regionalismo: autores e obras, o que permitiria uma leitura do
Brasil dos anos 30-40. Até quando, por exemplo, lemos Jorge Amado, Graciliano
Ramos, Rachel de Queirós, José Lins do Rego nas universidades e na escola?
[1]
Doutoranda no Curso de Pós-Graduação em Literaturas pela Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC).
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