Um dos maiores colégios públicos pertencentes à rede estadual de ensino.

Trezentos e quarenta alunos estavam concluindo o Ensino Médio.
Ao vê-los desfrutando de um momento tão especial, sorrisos, olhares cúmplices trocados por filhos e filhas e pais e mães orgulhosos e orgulhosas de mais uma etapa, não me contive em imaginar que caminhos esses jovens trilhariam? Iriam para a Universidade? O que fariam? Como seria o futuro deles e delas.
Uma professora (de Português, é claro) em seu discurso prescreveu o futuro de alguns: um esperaria ver um livro publicado, outro esportista etc. Conhecia-os bem. As turmas responderam a sua fala com palmas e gritos...
Outro professor refletiu que estes que estavam hoje já eram vencedores, pois estavam entre os 75% de alunos e alunas que ingressam no Ensino Médio e o concluem.
Mas e os outros 25% estarão onde? Por que se perderam? Por que desistiram?

E, mesmo pensando nos 75% que ali estavam quantos chegariam a universidade e a concluiriam?
Dentre as muitas dúvidas e outras tantas incertezas, vi naquele grupo turmas mais unidas. Contudo, uma delas me chamou a atenção por ter em seu grupo dois alunos surdos, obviamente havia também uma intérprete de libras traduzindo o cerimonial.
No entanto, o que me encantou foi a forma que a turma interagia entre eles e com eles. Com respeito e tratando-os como iguais.
Nesse momento, pensei que a inclusão realmente acontecera. Não fosse a inclusão aqueles alunos surdos também estariam entre os 25% que não concluem o Ensino Médio.
E nesses momentos que ainda acredito em "educação pública, gratuita e de QUALIDADE".
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