Pois a análise pode ser feita somente sob o ponto de vista linguístico e nesse caso considera-se o desvio gramatical, ou seja, o erro.
Contudo sob o ponto de vista da comunicação o que interessa é se a mensagem foi transmitida ao seu interlocutor com sucesso.
É o que veremos nos exemplos a seguir. A mensagem é entendida. Para um desavisado o desvio passa desapercebido. Para outro vira motivo de riso. Nesses dois casos considerando os clientes.
Já para o funcionário que escreveu o cartaz espera-se no mínimo a transcrição correta do nome do produto. prova de desatenção.
Na propaganda abaixo a incoerência se dá quando o redator do cartaz utiliza "mutação" os invés da palavra "multi ação".
No campo da comunicação entendemos facilmente a troca. Contudo, semanticamente tal troca é incoerente.
Já no exemplo a seguir temos uma escrita muito próxima da oralidade, com a grafia errada da palavra "almoçar". Semanticamente não há grandes confusões.
No exemplo abaixo podemos fazer as seguintes inferências:
O redator tem um bom conhecimento da língua portuguesa, pois faz uso da pontuação (quase) de forma correta e o advérbio MAS faz o uso adequado.
Contudo, parece-me que a intenção do redator seria fazer uma brincadeira com a forma coloquial da palavra "destruo" e fez o uso de "distróio".
Mas a falta das aspas na palavra "distróio" deixa obscura a intenção do redator, desse modo não revelando a intencionalidade comunicativa do redator. Reduzindo assim, a escrita da palavra a um erro de conjugação verbal.
No entanto, vale ressaltar que nas três imagens há desvios da norma padrão. Intencionais ou não revelam a falta de cuidado com a escrita em situações formais de uso. Nessas situações, principalmente, a revisão torna-se necessária e, consequentemente a refacção textual com a ortografia impecável.
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