7 de junho de 2016

Max Steel "Hoje é o dia dele cuidar da filhinha"


Hoje, vendo meu filho que tem cinco anos brincando com seus bonecos Max Steel (que ele ganhou de uma amiga, pois eu não compraria) fiquei a refletir algumas coisas.
Primeiro sobre o contexto no qual essas brincadeiras acontecem.
Nas escolas, há o dia do brinquedo, ou seja, é um dia na semana que as crianças podem levar seus brinquedos favoritos. Contudo, em muitas escolas, os bonecos de super heróis são proibidos de serem levados pelas crianças sob o argumento de tornar as brincadeiras muito violentas e, normalmente, ocasionarem brigas (na maioria das vezes somente entre meninos).
É preciso, portanto, pensar de onde vêm essa representação de masculinidade que carrega tanta violência e que excluí as meninas?
Em uma dissertação de Mestrado escrita por Lorena Bezerra Nery da Universidade de Brasília sob o título:
a autora aponta os bonecos Max Steel como esterótipos de masculinidade e justifica que 
Lendo o trabalho, entende-se facilmente que - a maioria esmagadora - dos meninos faça uso de uma  representação masculina sob a ótica da violência. É a isso que estão expostos as crianças o tempo inteiro. Principalmente, crianças que têm acesso à TV a cabo (não é o caso por aqui em casa, mas isso é assunto para outro post).
Provavelmente, você que está lendo a esta altura deve estar criticando e argumentando que não tem problema nenhum. Que você, provavelmente, assistiu desenho violentos quando era criança e não teve problema nenhum. Que sabia diferenciar a realidade da ficção.
Mas será mesmo que as crianças conseguem "desconectar" a realidade da ficção?
Acredito que sim, mas não sozinhas! Precisam da interferência de um adulto para estabelecer novos sentidos (ou de ter ou ver exemplos que as possibilitem (re)criar ou estabelecer outros sentidos). 
Veja nas imagens abaixo:
Os bonecos não estão brigando



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