7 de novembro de 2018

Ser mulher...

 em me incomodado muito as definições sobre ser mulher...

Definições que não ecoam de vozes femininas...

Sim, são os homens que as  definem:

Mulher é assim...

Gosta disso...

Fala disso...

Adora gastar...

E muitas outras frases que já estou cansada até para repetir...

Eu sou mulher!

Eu me defino em um ser multifacetado.

Sinto que ao longo das histórias das mulheres que me antecederam 

elas foram perdendo a essência, o contato com a natureza.

Perdemos a ancestralidade.

Quando adolescente não percebia nada disso,

tampouco sentia falta.

A maturidade trouxe, além da percepção de que o corpo muda, 

e que são as mudanças da mente ainda mais transformadoras.

Com a maturidade senti falta de mim, não a menina imatura e ingênua, mas a mulher conectada com a vida, com a natureza, conectada consigo mesma.

Perder-se dessa mulher ancestral tem um custo, um custo difícil de pagarmos...

Difícil recuperar a temporalidade perdida.

Difícil recuperar  experiências...

Mas é preciso voltar-se para dentro.

recolher-se...

Encontrar essa mulher ancestral, apresentar-lhe a menina e a adolescente e por fim, apresentar-lhe também a mulher madura.

Essas mulheres precisam ser reconectadas e, após isso...

Mas somente após isso, há o encontro consigo mesma.

é nesse ponto que a mulher pode se autodefinir.

Tarefa fácil? 

Não!!

Uma vida por vezes  não dá conta de reconectar .

Para outras o renascimento é possível.

Para outras...

Bem, elas preferem as definições de si feitas pelos homens.


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