14 de março de 2012

Atividade turma 802 - 2012

Atividade - turma 801 e 802
Trabalhando com intertextualidade


Texto 1
Janela (Adélia Prado)


Janela, palavra linda.
Janela é o bater das asas da borboleta amarela.
Abre pra fora as duas folhas de madeira à-toa pintada,
janela jeca, de azul.
Eu pulo você pra dentro e pra fora, monto a cavalo em você,
meu pé esbarra no chão.
Janela sobre o mundo aberta, por onde vi
o casamento da Anita esperando neném, a mãe
do Pedro Cisterna urinando na chuva, por onde vi
meu bem chegar de bicicleta e dizer a meu pai:
minhas intenções com sua filha são as melhores possíveis.
Ô janela com tramela, brincadeira de ladrão,
clarabóia na minha alma!

Texto 2:
Paisagem da Janela     -     (Interpretação Flávio Venturini)
Da janela lateral
Do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro 
Vejo uma grade, um velho sinal
Mensageiro natural
De coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas 
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou

Você não quer acreditar 
Mas isso é tão normal 
Você não quer acreditar
E eu apenas era 
Cavaleiro marginal 
Lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvore
Sem querer descanso nem dominical

Cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão 
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava na janela lateral 
Do quarto de dormir

Você não quer acreditar 
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar 
Mas isso é tão normal
Um cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Você não quer acreditar

Ouça a música

Atividade 2
Procurar imagens, frases, poesias, músicas etc que possam ser relacionadas com a poesia e a música. Ou seja, que tenham elementos em comum.


Prof. Rosane

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Atividades postadas pelos alunos:



1. Aluna: Maria Eduarda

Primeiro Amor

Nem me lembro
que você mora
no 20º andar. Salto, impulsionado pelo amor,
e deixo em sua janela
arrebatada flor.

Fonte: do livro de João Proteti, 'Tenho um abraço para te dar' 

trabalhodeportuguêspara29.03.2012.jpg 




Aluno: Lucas Assis


"Uma janela, fenestra[1] ou ventana[2] é uma abertura num elemento de vedação arquitetônica, como uma parede. Ela possibilita a ventilação einsolação dos ambientes internos.
A palavra assumiu diversos significados devido a esta acepção, em geral relacionando-a com a idéia de vazio. Por remeter ao exterior, pode ser considerada como ângulo de visão, pois permite a entrada de elementos como luz e ar, mas também possibilita a extensão do olhar como um indivíduo que participa da ação observada. É o símbolo da receptividade, da abertura para as influências vindas de fora, da entrada da luz. Representa também a sensibilidade às influências externas. A janela pode ainda ser considerada como sendo um símbolo da consciência, ou um portal para o inconsciente.
O material transparente normalmente usado nas janelas é o vidro, sendo por vezes utilizados outros materiais poliméricos como o PMMA. A placa de vidro que constitui a janela é apoiada por um caixilho de suporte que pode ser confeccionado em diversos materiais, como madeira, ferro, aço inox,alumínio ou plástico PVC. Hoje generaliza-se o uso de alumínio em perfis de variadas secções, formas e desenhos. É um metal mais leve que o ferro, que não se deteriora por oxidação devido aos agentes atmosféricos, nem necessita de manutenção. Tem aumentado, recentemente, o recurso a perfis de alumínio com ruptura térmica, colocando uma barreira isolante entre interior e exterior da janela. O PVC (policloreto de vinil) é um material que proporciona condições de isolamento térmico e acústico muito boas com custos e manutenção reduzidos, tornando-o ideal para o uso em portas e janelas."


Fonte: 


Aluno: Willian Rodrigues


 


Fonte:


Aluno: Lucas Leonardo Calixto


Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
- para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado. 

(Mario Quintana)


Fonte:

Aluna: Keren Ribeiro    turma: 801


Cada janela, uma história de Julio Bittencourt (25 fotos)
edifício Prestes Maia 911, uma prédio de 22 andares na região central de São Paulo, foi (acho que ainda é) considerado a maior ocupação ilegal do mundo. O prédio abandonado já foi o lar de um número estimado de 1.630 pessoas, incluindo 468 famílias com 315 crianças. Em 2002, o movimento dos Sem-Teto levou centenas de famílias desabrigadas para o prédio vazio. Foi ali que o fotógrafoJulio Bittencourt fotografou os ocupantes em suas janelas, de onde eles se comunicavam uns com os outros, registrando a convivência com a decadência e o abandono.


Estas fotografia resultaram em um ótimo livro intitulado "Numa janela do edifício Prestes Maia 911", das quais algumas ilustram este post. Júlio disse que pretendia mostrar a importância da comunicação através das janelas, a dignidade das pessoas que sobrevivem por trás delas e a decadência de um sistema que não integra os seus habitantes em sociedade.


Leia mais em: Cada janela, uma história de Julio Bittencourt (25 fotos) - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=18250#ixzz1q4mwaiC3



Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 01


Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 01

Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 02

Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 03

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Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 05

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Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 09

Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 10

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Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 18

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Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 21

Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 22

Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 23

Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 24

Cada janela, uma história de Julio Bittencourt 25
Cada janela, uma história de Julio Bittencourt (25 fotos)
edifício Prestes Maia 911, uma prédio de 22 andares na região central de São Paulo, foi (acho que ainda é) considerado a maior ocupação ilegal do mundo. O prédio abandonado já foi o lar de um número estimado de 1.630 pessoas, incluindo 468 famílias com 315 crianças. Em 2002, o movimento dos Sem-Teto levou centenas de famílias desabrigadas para o prédio vazio. Foi ali que o fotógrafoJulio Bittencourt fotografou os ocupantes em suas janelas, de onde eles se comunicavam uns com os outros, registrando a convivência com a decadência e o abandono.


Estas fotografia resultaram em um ótimo livro intitulado "Numa janela do edifício Prestes Maia 911", das quais algumas ilustram este post. Júlio disse que pretendia mostrar a importância da comunicação através das janelas, a dignidade das pessoas que sobrevivem por trás delas e a decadência de um sistema que não integra os seus habitantes em sociedade.
Fonte: Julio Bittencourt na Galeria Verve.
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Leia mais em: Cada janela, uma história de Julio Bittencourt (25 fotos) - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=18250#ixzz1q4oCmG53



Fonte: <http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=18250>.



Aluno: Bruno Ventura


Reportagem
Quem mora em apartamento, sabe: janela é um perigo. E bota a colocar rede de proteção e outros dispositivos de segurança. E toca a mostrar os perigos da janela pras crianças. E mesmo assim a gente fica apreensivo a cada vez que elas chegam perto da janela.
Os trigêmeos nasceram num apartamento antigo, com janelas grandes. As janelas da sala tinham um parapeito de 0,5 metro, mais baixo que a altura do meu joelho. E eram janelas pivotantes que abriam pra fora. Portanto, não dava pra colocar a rede de segurança por fora. Foi por dentro mesmo, fazer o quê?

Essa janela era legal porque, sentados, podíamos ver a praça lá embaixo. E logo as crianças tiveram altura pra olhar pela janela. Não que conseguissem enxergar muito, mas dava pra ver alguma coisa.
Como não tínhamos muitos móveis, a sala ficava bem vazia e eles não encontravam nada pra subir. Claro, não deixávamos nada perto da janela, imagina o perigo, um parapeito de 50 centímetros e uma criança em cima de um móvel, de uma cadeira querendo olhar pra baixo!
Conseguir olhar pela janela não era o suficiente pra eles: queriam ver a rua lá embaixo, olhar os carros passando, o movimento da praça.
Mesmo com todos os cuidados, flagrei por várias vezes as crianças subindo em algum lugar querendo olhar lá pra baixo. Eles até faziam fila pra dar uma espiada na praça. “Nada disso, pode descer já daí, moleque!”
Mas que era bonitinho vê-los fazendo traquinagens lá, isso era!



Poesia


coisas da janela
Por essas,
Meu peito
Bate como asa
E na casa
Faz um leito
Pra ninar
As estrelas
Em sua janela
Fico a contar
Histórias pra lua
Minguando a rua
Já um deserto
E aperto
Uma sorte
Entre os medos
Sem que a morte
Ou qualquer segredo
Venha me varrer.






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Gherard  Paines




Poesia
Morena quando te vejo
Palanqueda na janela
Fico floreando a barbela
Mordendo a perna do freio
E desinquieto pateio
Enredado nesse olhar
Sou pingo do teu andar
A carregar teus anseios.

E quando um sorriso esboças
Carregado de promessas
É o próprio céu das avessas
Com tormentas e lampejos
E um temporal de desejos
Vem respingar no meu toso
Levando um rosto mimoso
Junto aos meus sonhos andejos.


Noite alta, quando cruzo
Nesse rancho onde te abrigas
Da alma vertem cantigas
Rastreando rimas de prata
O coração bate patas
Corretiando o Deus dará
E a janela ali está
Como a pedir serenata.

Guitarreia o meu silêncio
Em muda e louca seresta
Na janela, em cada fresta
Mil ouvidos a me escutar
Por certo estás a sonhar
Alma leve, solta ao vento
Eu queria estar ai dentro
Para te ouvir ressonar.

Amanhã- um outro dia
Andarei longe da querência
Reculutando uma ausência
Que ficou de sentinela
Quero ver os olhos dela
Quando retornar do povo e lá estará de novo
Na moldura da janela.


janela.jpg




Aluno: Guilherme Guchert
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Pássaros constroem 




ninho 'duplex' em janela 




de casa em Cuiabá


Pássaros joão-de-barro vivem no local há cinco anos.
Ornitólogo diz que é raro encontrar ninhos tão próximos.

Do G1 MT
2 comentários
Pássaros joão-de-barro construíram um ''sobrado'' (Foto: João Bueno / Arquivo Pessoal)Pássaros joão-de-barro construíram um ''sobrado''
em janela (Foto: João Bueno / Arquivo Pessoal)
Há cinco anos a família do empresário João Bueno, que mora no bairro Jardim Paulista, convive com uma outra família um tanto inusitada. O empresário e a mulher possuem vista privilegiada a “sobrado” que fica do lado de fora da janela do casal.
Os moradores deste “sobrado” são pássaros da espécie joão-de-barro, que realizam um trabalho colaborativo na construção de suas casas, para abrigar seus filhotes. Conforme o ornitólogo João Batista, é raro encontrar ninhos tão próximos.
O empresário João Bueno contou ao G1 que os passarinhos costumam trabalhar no início do dia e durante a noite, e que durante os cinco anos de convivência já presenciou até desentendimentos entre eles. “Uma vez, aparentava que um casal de pássaros estava discutindo. Foi ao ponto de um deles sair e construir uma casa na parte superior da outra”, explicou.
Lourdes Bueno, esposa do empresário, afirma que já se acostumou com os animais e que a família já desistiu da ideia de remover as casas, que permanecem intocadas. “Eu acredito que seja um privilégio poder abrigar esses animais, já que não existem outras espécies na vizinhança”, relatou.
Pássaros se instalaram na janela do quarto do casal (Foto: João Bueno / Arquivo Pessoal )Pássaros se instalaram na janela do quarto do
casal (Foto: João Bueno / Arquivo Pessoal )
Além do barro, pequenos galhos de árvores também são usados para a construção dos ninhos. Segundo o doutor em ornitologia da UFMT, João Batista, é comum a ocorrência de um a dois ninhos dentro da área urbana, mas raramente se vê três ninhos tão próximos. “Eles procuram lugares onde tenha tranquilidade e alimentação disponível, como insetos, pequenas minhocas e até ração para cachorro quando se abrigam próximos à residências”.
Conforme o especialista, as casas são construídas pelo casal de pássaros, que participam ativamente, enquanto um se encarrega pela busca do material outro se dedica à construção. Ele explicou ainda que o objetivo do ninho é auxiliar na incubação dos ovos, já que o barro serve para garantir a temperatura ideal para o desenvolvimento dos filhotes.
Os ninhos podem existir a vida toda e durante o período podem ser construídas novos ninhos ou até ser reformados os antigos. Dentro dos ninhos, os animais forram o local com fibras vegetais, pelos, cerdas e penas, para garantir toda segurança aos filhotes.

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Um comentário:

  1. Que interessante. Uma casa de dois andares hahaha, a natureza é mesmo impressionante. Legal é que os moradores não removeram as casinhas né, porque não conheço muitas pessoas que deixariam que os animais ficassem por ali e por tanto tempo..

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