É certo que riste:
humor no cristianismo.
Certainly you laughing:
mood in Christianity.
RESUMO: O presente artigo pretende analisar o
humor presente em algumas das charges feitas por cartunistas cristãos em sites
especializados, outras charges publicadas em sites não cristãos, por
cartunistas consagrados para entender como o riso está presente no cristianismo
on line.
PALAVRAS-CHAVES: Riso, cristianismo, charges, vídeos.
ABSTRACT: This article aims to analyze the present mood in
some of the charges made by cartoonists Christians on specialized sites,
other sites cartoons published in non-Christian, for cartoonists dedicated to
understanding how laughter is present in Christianity online.
KEYWORDS: Laughter,
Christianity, cartoons, vídeos.
“Então, Sara, receosa, o negou, dizendo: Não me ri. Ele, porém, disse:
Não é assim, é certo que riste”
Gênesis 18:15
1) Por
que Deus é Humor
Em
verdade em verdade vos digo que eu
gostaria de usar como título deste artigo Por
Deus é Humor, mas a mentira me condenará (não quero ser chamada de vaca de Basã) e a verdade me libertará,
não pude roubar esta genialidade que é o nome do site, cujo domínio pertence ao
humorista e Pastor Jasiel Botelho, Missionário da Sepal e Professor de Teologia
da FLAM. Sigamos, por que Deus é Humor!
To
be, or not to be: that is the question,
já afirmava Shakespeare num parte de Hamlet. Homo ludens ou homo rides
eis outra questão que nos interessa neste momento.
A
serpente enganou Eva, que enganou a Adão que acusou Eva que acusou a Serpente. Sara riu da promessa de YHVH lhe dar ao filho
na sua velhice. Jacó enganou a Isaac, roubou a primogenitura de ser irmão Esaú
e se fez passar por ele perante o seu pai. Mais tarde Jacó é enganado por Labão
que lhe dá como esposa Lia no lugar da amada Raquel. As matriarcas disputam a
atenção sexual do Patriarca colhendo Mandrágoras, uma espécie de Viagra da
época. O Patriarca também é enganado por seus filhos, liderados por Judá que
vendem José como escravo para mercadores do Egito. José do Egito engana seus
irmãos ao não se revelar para eles. Judá engana sua nora Tamar ao não dar seu terceiro
filho como esposo para esta, desrespeitando a lei do Levirato. Tamar por sua
vez engana a seu sogro e agora viúvo Judá, disfarçando-se por uma meretriz e
tendo um filho dele, o que vai lhe garantir sua descendência. Se o Gênesis
pudesse ser resumido numa charges, esta seria:
Site Resposta Cristã
2. O Riso
e os críticos
Todos estes enredos rocambolescos no Velho
Testamento servem para responder seguinte pergunta: Há humor na Bíblia? Sim, e
há muito humor. Robert Alter em A arte da
Narrativa Bíblica (2007) aponta
as repetições e cenas padrão, ciclo do enganador-enganado presente no Gênesis.
Este livro é repleto de ironia e
maquinação em seu conteúdo.
Um outro excelente estudo sobre o riso, é o
capítulo A Diabolização do Riso na Ata Idade Média do livro História do Riso e do Escárnio de Georges
Minois (2003). Na introdução do livro o crítico nos alerta que o riso tem um
lado revolucionário e subversivo, que é ambivalente, multiforme, ambíguo, que o
humor não tem idade nem pátria, que flutua no equívoco e na indeterminação.
Segundo o crítico “... o riso está a cavalo sobre uma dupla verdade. Serve ao mesmo tempo para afirmar e
subverter.” (2003, p. 16, negrito nosso). Afirma ainda que o riso se
encontra na encruzilhada do divino e do diabólico. Cita J. Lederer para quem o
riso é uma espécie de soluço invertido, já que rimos porque somos o único
animal que sabe que vai morrer.
“Se o riso é qualificado às vezes como
diabólico, é porque ele pôde passar por um verdadeiro insulto à criação divina,
uma espécie de vingança do diabo, uma manifestação de desprezo, de orgulho, de
agressividade, de regozijo com o mal.” (2003, p. 19)
No capítulo citado, Minois faz um estudo rico e
aprofundado do riso do Velho e Novo Testamento. Na primeira parte engana o
leitor ao fazer as seguintes afirmações e perguntas: o riso não é natural no
Cristianismo, Deus se basta, não é preciso rir de nada, como poderia haver riso
na Trindade, imutável, sem corpo e sem sexo, eternamente absorvida em sua
autocontemplação? Afirma que o Gênese é solene, que no Éden não havia lugar
para riso, que a história santa é seria por excelência, que não se deve brincar
com a história da salvação da humanidade, porque o riso não fazia parte do
plano divino, nem a Bíblia tem intenção
cômica. O único motivo de riso é o homem, criatura decaída:
Há de quê: rir do outro, desse fantoche ridículo, nu, que tem um
sexo, que peida e arrota, que defeca, que se fere, que cai, que se engana, que
se prejudica, que se torna feio, que envelhece e que morre – um ser humano,
bolas! Uma criatura decaída. O riso vai se insinuar por todas as imperfeições
humanas. É uma constatação de decadência e, ao mesmo tempo, um consolo, uma
conduta de compensação, para escapar ao
desespero e à angústia: rir para não chorar. (...) Vemos nosso nada e rimos dele; um riso diabólico. (2003, p. 112,
negrito nosso)
O riso estaria ligado à imperfeição humana. Afirmei acima que
o crítico engana o leitor. Na segunda parte deste capítulo ele afirma “É claro
que há riso na Bíblia” (2003, p. 115). E isto ocorre justamente pela “extraordinária
flexibilidade da Bíblia, com a qual se pode fazer qualquer coisa” (2003, p.
115). A partir daí desenvolve o que denomina de Evolução do cômico na
Bíblia, passando pelo estilo dos autores bíblicos que contrapõem o sublime
com o trivial, o cômico com o trágico, aponta Jacó como um anti-herói imoral e
sua vida como uma comédia picaresca, passa pelo episódio de Elias contra os 450
profetas de Baal até chegar à questão muito discutida pelos pais da Igreja
pelos pais do Deserto se Jesus riu ou não riu?
Para Minois no Velho Testamento o tom é mais grave. Todo ele
é mais severo com relação ao riso: Paulo e Tiago condenam o riso. No geral, o
Novo Testamento condena o riso. Como não se fala que Jesus riu, os cristãos
deveriam imitar seu exemplo. Quantas consequências negativas advirão desta
constatação! O riso é mais negativo no Novo Testamento que no Velho Testamento.
No Novo Testamento dos cristãos, o riso aparece como escarnecimento da vontade
de Deus. O Judaísmo manteve o humor do Velho Testamento, já o Cristianismo não
recebeu esta herança. Segundo o crítico, a encarnação e a redenção desafiam
toda e qualquer lógica humana racional, por isto não há riso ali. O gênero por
excelência do Cristianismo é o drama, não sobre espaço para o riso. Já nos
Apócrifos tanto Deus como Jesus riem. Depois analisa o humor entre os pais da
Igreja e os pais do Deserto. Termina este capítulo com a seguinte afirmação:
Mas o homem se salva pelo amor ou pelo humor? As
duas noções são tão estranhas uma à outra? O fiel de base que parodia o culto a
Bíblia, que treme e que ri de Deus e do diabo, não estará,
inconscientemente, mais perto da verdade - ou da ausência da verdade? (2003, p.
154)
Henri Bergson em seu livro O Riso: ensaio sobre a
significação do Cômico afirma que não há comicidade fora do humano, porque
se o homem já foi definido como o único animal que ri, ele também é o único que
faz rir, já que precisamos de um grupo para rir de nossas piadas. Segundo o
autor não há comicidade na solidão, neste ponto o riso possui um função social.
Aponta ainda que o cômico dirige-se sempre para a inteligência pura e não há compatibilidade
entre o riso e a emoção.
Em seu livro Ironia e
Humor na Literatura, Lélia Parreira Duarte reafirma a noção antiga de que o
homem é o único animal que ri e ri porque sabe que é mortal. Segunda ela o riso possui o paradoxo intrínseco
de ao mesmo tempo revelar alegria e tristeza. Para a crítica o riso ajuda a
suportar o trágico da existência humana, já que o homem sabe que é um ser para
a morte. Por mais que o riso dure um instante, naquele breve momento o homem é superior
ao humano, tem a impressão de ser imortal, torna-se igual aos deuses, ri de si
e dos outros, afirmando seu poder sobre o outro. O ser humano ri porque não se
conforma com a descontinuidade da vida, porque é inconformado, e rindo, esquece
que é mortal. O ser precário e mortal, torna-se quase um Deus quando ri,
esquecendo-se que caminha para a morte. Segundo Duarte:
O riso revela-se útil, assim, para a manutenção da espécie:
experiência do não-saber, livra do desespero do
pensamento aprisionado nos limites do sério. Nesse sentido, saber rir é momentaneamente
tornar-se “Deus”, experimentar o impensável, sair da finitude da existência
(...) Dada a relação entre o riso e a morte, o autor literário cômico será
portanto um autor funéreo. (2006, p.53-54, negrito nosso)
A autora afirma também que talvez a única salvação possível e
utópica para o homem seja o riso, porque quando ri, o homem jubila e se
regozija perante o absurdo que é a morte.
Já Concetta d’Angeli e Guido Paduano em sua obra O Cômico enfatizam o caráter moralizante
do cômico: Castigat ridendo mores. É por meio do riso que de denunciamos os
vícios e se preparamos sua repreensão e correção. Para estes estudiosos o
cômico recupera o prazer pedido na infância. O riso é uma arma poderosa contra
a moral, a razão e a morte. Não rimos da morte, mas rimos porque sabemos que
somos mortais.
3. Jesus esboça um
sorriso e finalmente ri
Seguindo na esteira das colocações de Minois sobre o grande
debate que permeou as discussões dos primeiros pais da Igreja e pais do Deserto
e se estendeu pela Idade Média, se Jesus riu ou não, o Ocidente cultuou a
imagem de Jesus durante quase dois mil anos, sem um sorriso na face. Observemos
um detalhe da imagem Cristo Yacente, do escultor
representante do Barroco espanhol Gregório Fernandes (1576-1636)
Cristo
Yacente. Gregório Fernandes
O Cristo barroco sempre é apresentado em agonia, êxtase e
morto. Foram quase dois mil de pinturas e esculturas que mostravam apenas
sofrimento. É difícil localizar exatamente se foram os Protestantes ou
Católicos quem primeiro representaram Jesus como bom Pastor com ameaça de
sorriso no rosto:
Como se pode observar esta ameaça de sorriso foi se expandido
ao longo das décadas até a última imagem em que aparecem os dentes de Jesus. Alguns
Pais da Igreja como São João Crisóstomo (344-407), e São Basílio (330-379),
ferrenhos inimigos do riso cairiam duros ao ver as imagens de Jesus acima. Cabe
aqui citar um grupo de cristãos intitulados Ministros do Riso, fundado em 2006 por Alex Rangel, que prega o
evangelho por meio de danças, encenações, piadas, apresentado a mensagem de
Jesus de uma forma lúdica. Em tempos de Internet, a representação de Jesus
evolui para o Jesus meio zombador e crítico que questiona o fato dos cristãos
não riem:
Site
Agnussanctus
4. O
velho humor do Velho Testamento
Posto e afirmado que há riso na Bíblia e com a
presença iluminadora dos Ministros do Riso, citemos quatro exemplos mais contundentes
do Velho Testamento. Primeiro os rapazinhos aborrecentes que zombavam de Eliseu o chamando de careca. Usaremos a Versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH):
Eliseu
saiu de Jericó para ir a Betel. Ele ia andando pela estrada, quando alguns
rapazes saíram de uma cidade e começaram a caçoar dele, gritando assim: – Ó seu careca, fora daqui!
Eliseu
virou para trás, olhou firme para os rapazes e os amaldiçoou em nome de Deus, o
SENHOR. Então duas ursas saíram do mato e despedaçaram quarenta e dois deles. (2 Reis 2:23-24, negrito nosso)
Este episódio, não tanto pelo humor dos aborrecentes rebeldes, mas pelo conteúdo violento da estória, é assim
criticado nas charges da Internet:
Site verdades inconvenientes.
Como se constata não se pode rir de um profeta de
Deus. As crianças são assassinadas por um motivo aparentemente fútil: porque
riram de Eliseu. Ele segue sua viagem e deixa os cadáveres despedaçados. Há um
desenho animado na internet denominado Eliseu o Estúpido
profeta careca, que questiona porque nunca mais se fala nas criancinhas da Bíblia Sangrenta. O segundo exemplo é o
poderoso Profeta Elias. Observemos Elias em transe,
verdadeiramente possesso, gritando, exultando, provocando os 450 profetas de
Baal que estavam a serviço de Jezebel:
Ao
meio-dia, Elias começou a caçoar deles. Ele dizia: - Orem mais alto, pois ele é
deus! Pode ser que esteja meditando ou
que tenha ido ao banheiro. Talvez ele tenha viajado ou talvez esteja
dormindo, e vocês terão de acordá-lo!
Elias, pulando e dançando afirma que Baal não
pode atender porque está defecando. A charge do site Genizah acima fala por si!
Site Genizah
Ao final, Elias, o grande degola cabeças do Velho
Testamento, degola os 450 profetas de Baal. Fora as bofetadas trocadas entre os
falsos e verdadeiros profetas citados na Profecia de Micaías em I Reis 22 e Acabe
que nomeia sarcasticamente Elias como o epíteto de o Perturbador de Israel.
Como terceiro exemplo de humor, apontamos Jacó,
como o mais atrapalhado herói pícaro do Velho Testamento: covarde, medroso,
ladrão, indeciso, atrapalhado. Vários sites cristãos o apontam como maior anti-herói
bíblico ao lado de Davi. Há uma pesquisa do doutorado em andamento que analisa
Jacó como típico pícaro bíblico e que está sendo desenvolvido pelo pesquisador
Josué Chaves na UFSC.
A vida do pícaro Jacó é uma verdadeira montanha
russa de enganos, trapaças, ciúmes, vingança, orações, promessas e chamados
como bem o demonstra o gráfico abaixo:
Blog do
Antonio Vilmar.
Com esta vida rocambolesca e novelesca, Jacó é um
dos preferidos das charges bíblicas. O anti-herói bíblico o pícaro Jacó é
retratado como alguém sem dimensão de suas forças, visto que é um faixa
vermelha que vai encarar no tatame do Vale de Jaboque, um anjo faixa preta.
Charges Gospel do Portal Fiel
Como
quarto exemplo podemos mencionar Jonas, o profeta fujão e medroso, que foi
parar dentro da um grande peixe. Esse episódio é um dos mais satirizados nas
charges Bíblicas:
Jonas,
o medroso e zangado profeta, Site infiltrados no mundo.
Lembremos
também a linguagem rústica do profeta-colono Amós, oriundo de Tecoa que cuidava
de gado e conduzia boi:
“Ouvi esta palavra, vós, vacas de Basã,
que estais no monte de Samaria..” (Amós 4:1, negrito nosso).
5. O Novo
humor no Novo Testamento.
Mas o riso que é mais caudaloso do Velho
Testamento não é exclusividade dos Judeus.
No Novo Testamento também há riso. Afinal o que fazia aquele misterioso
homem nu[1] que aparece seguindo a Jesus no momento trágico
de sua prisão no Horto das Oliveiras que aparece em Marcos 14: 51? E o Apóstolo Pedro, medroso e mentiroso com
medo do simples cantar de um galo. Observemos agora Atos 19:13
“Alguns judeus que
andavam de um lugar para outro, expulsando espíritos maus, quiseram usar também
o nome do Senhor Jesus para expulsar os espíritos maus, dizendo a eles: – Pelo
poder do nome de Jesus, o mesmo que Paulo anuncia, eu mando que vocês saiam!
Os
homens que faziam isso eram os sete filhos de um judeu chamado Ceva, que era
Grande Sacerdote.
Mas certa vez um
espírito mau disse a eles: – Eu conheço
Jesus e sei quem é Paulo. Mas vocês, quem são?
Então o homem que
estava dominado pelo espírito mau os atacou e bateu neles com tanta violência, que
eles fugiram daquela casa feridos e com as roupas rasgadas.” (negrito nosso)
O exorcismo não deu certo, visto que demônios
frustraram uma tentativa de exorcismo, porque não aceitavam a terceirização do
exorcismo. Eles conheciam Jesus, conheciam Paulo, mas afinal quem eram estes filhos
de Ceva para excomungá-los? O exorcismo afinal virara uma bagunça, uma farra.
Os demônios dão uma surra nos exorcistas.
6 . Igreja x Motel
Em livro de minha autoria
publicado em 2012, pela EDUEL. intitulado As
Malasartes e Lúcifer, traço ali um estudo sobre as origens de Lúcifer, a
ausência do figura do Demônio no Velho Testamento, sua ínfima participação no
sofrimento e tentação de Jó, sua evolução para o Diabo poderoso do Novo
Testamento, o Diabo entre o teólogos, o Diabo entre os críticos e por fim o
Diabo como magnífico personagem da Literatura Ocidental, a transformação do
mesmo em mero ser de papel, inesgotável baú a
ser explorado. Interessa-me sobremaneira o estudo de Isa Gomes da Cunha
Chain desenvolvido em seu livro O Diabo
nos Porões das Caravelas (2003) no qual retrata a mentalidade, o colonialismo e reflexos na constituição da religiosidade
brasileira nos séculos XVI e XVII e como a mentalidade lusitana se adaptou à
cultura brasileira. Ou seja, como Deus e o Diabo se aclimataram abaixo dos
trópicos.
Ao ler
esta obra, percebemos que tanto Deus como o Diabo foram aclimatados aos
trópicos, perdendo um pouco o poder teológico que gozavam na Europa, antes de
entrarem nos porões das caravelas. Tantos um como o outro se abrasileiraram.
Basta observarmos a alegria dos brasileiros ao afirmarem que “Deus é
brasileiro” e ao utilizarem, com naturalidade, expressões como “este menino é
um capeta” ou “é o cão chupando manga”, esta última originária do nordeste. Se
Deus é brasileiro, o Diabo também é, basta ver as centenas de ápodos, com que
mesmo é conhecido em terras brasílicas:
anhanga ou anhangá, anhangüera, arrenegado, azucrim, barzabu, barzabum,
beiçudo, belzebu, berzabu, berzabum, berzebu, bicho-preto, bode-preto, brazabum,
bute, cafuçu, cafute, caneco, caneta, canheta, canhim, canhoto, cão, cão-miúdo,
cão-tinhoso, capa-verde, capeta, capete, capiroto, careca, carocho, chavelhudo,
cifé, coisa, coisa-à-toa, coisa-má, coisa-ruim, condenado, coxo, cramulhano,
cujo, debo, decho, demo, demonho, demônio, demontre, diá, diabinho, diabrete,
diabro, diacho, diale, dialho, diangas, diangras, dianho, diasco, diogo,
dragão, droga, dubá, éblis, ele, excomungado, farrapeiro, fate, feio, figura,
fioto, fute, futrico, galhardo, gato-preto, grão-tinhoso, guedelha, indivíduo,
inimigo, jeropari, jurupari, labrego, lá-de-baixo, lúcifer, macacão, macaco,
mafarrico, maioral, má-jeira, maldito, mal-encarado, maligno, malino, malvado,
manfarrico, mau, mico, mofento, mofino, satã, satanás, satânico, serpente,
sujo, taneco, temba, tendeiro, tentação, tentador, tição, tinhoso, tisnado,
zarapelho.
moleque, moleque-do-surrão, não-sei-que-diga, nem-sei-que-diga, nico,
pé-cascudo, pé-de-cabra, pé-de-gancho, pé-de-pato, pé-de-peia, pêro-botelho,
pedro-botelho, peneireiro, porco, porco-sujo, provinco, que-diga, rabão,
rabudo, rapaz, romãozinho, sapucaio, sarnento, etc
Só a título de exemplo
poderíamos citar obras consagradas na literatura brasileira nas quais o Diabo
apronta das suas: O Sermão do Diabo (1893)
e a Igreja do Diabo (1899) de Machado
de Assis, O Bom Diabo (1937) incluído
no Livro Histórias de Tia Nastácia)
de Monteiro Lobato, Belzebu.com
(1969, incluído no livro Orgias), Alma
Vendo de Luis Fernando Veríssimo e Eu
e Bebu na hora neutra da Madrugada (1998,
incluído no livro 200 Crônicas Escolhidas) de Rubem Braga. Isto sem mencionar
as centenas de histórias infantis clássicas e brasileiras em que o Diabo é
enganado e sua absoluta relevância na literatura de Cordel do Nordeste
Brasileiro[2]. Sobre
o Diabo no Cinema Brasileiro há uma excelente dissertação de mestrado
intitulada O Diabo também é brasileiro: a
figura de Satanás no Cinema Nacional de Felipe de Monte Guerra defendida em
2011, na Universidade Anhembi de São Paulo. Também não mencionaremos todas as
obras da Literatura Ocidental no qual o Diabo/Lúcifer é protagonista. A título
de exemplo citamos apenas três clássicos: O
Paraíso Perdido (1667) de Milton, Grande
Sertão: Veredas (1956) de Guimarães Rosa e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) de José Saramago.
Na internet, o Diabo é
satirizado de diversas maneiras. Como há muitos programa de TV que elegem os
TOP 5, do dinheiro, da beleza e da moda, o Diabo, figura tão popular e quase
querida no Brasil, ganhou o seu. Observemos o TOP 5 fatos sobre o Capeta.
O que é criticado
aqui é o suposto orgulho ignorante de alguns cristãos fudnamentalistsa que se acham
tão importante, que forças cósmicas lutam por suas preciosas almas, e que podem
ser possuído, a torta e à direita, pelo Diabo em pessoa, como se este não tivesse
mais que fazer... Afinal por quê o Diabo
gosta tanto de pobre e crente?
Algum ateu já foi possuído pelo Diabo? E afinal o que faz mais sucesso o Diabo
ou Jesus? Ajustando a pergunta, em qual lugar mais se pronuncia o nome de Jesus
numa Igreja ou num Motel. Observemos o cartaz abaixo:
O cartaz acima possui um humor realista e crítico:
o nome do Diabo é muito pronunciado em cultos de cura e milagres,
principalmente entre evangélicos e pentecostais em que se expulsa os demônios.
Estes rituais são televisionados e os telepastores realizam midiaticamente
exorcismos num frenesi enlouquecedor. Já num Motel haveria um clima mais
tranquilo que a Igreja. No Motel o cristão estaria mais em comunhão com o
sagrado que dentro de uma Igreja barulhenta na qual o capeta, Diabo e Satanás
são invocados ao som de gritos e urros.
Aliás, o próprio e querido Pato Donald é usado
para questionar o dom de falar em línguas dos pentecostais.
Este site denominado Genizah, tem a seguinte chamada: “Apologética, blogosfera cristã, humor como
ferramenta de subversão, humor e cristianismo, reforma protestante, capelania
na internet, falsos profetas e muito mais!” (BRIZOTTI, 2013, p. 1). Uma outra
chamada do site explica que o site continuará enquanto houver macumba, gospel,
profeta e herege. Sua eternidade está garantida! A charge acima criticando os pentecostais
foi postada em 2009 e gerou certos comentários que a revidavam. O autor da
charge Alan Brizotti se defendeu das críticas recebeu citando o poeta italiano
Luciano Folgore (1888-1966) para quem “O humorismo é a arte de virar no avesso, repentinamente, o manto da
aparência para por à mostra o forro da verdade” (Idem, p. 1). Os habitantes de
pentecópolis poderiam ficar sem esta... No judaísmo todos sonhavam com a
canapólis, depois com o advento do messias passaram a sonharam com jerusópolis,
cidade esta que se proliferou em catópolis, pentecópolis e cariscópolis. Quanto aos ateus, também eles
tem o seu infernópolis! Há lugar para todo o propósito debaixo do sol.!
7. As
Charges Bíblicas
Casou-me certo espanto o número de sites de
charges cristãs bíblicas na internet (sites, blogs, orkut, facebook). Só de
sites localizei e pesquisei em torno de 30. A dificuldade, assim como nos
folhetos de cordéis do Nordeste, é identificar ao certo a autoria das charges,
porque elas se multiplicam, umas trazem autoria, em outras a mesma charge
aparece sem autoria, em outros sites ela aparece com uma pequena modificação. A
autoria aqui não é nossa principal preocupação, porque daria um estudo
aprofundado de mestrado. Em muitos sites que trazem charges cristãs, o próprio
Jesus parece curtindo o site, como no blog do Chargista cristão Leonardo
Nicolau, intitulado Só risos abençoados.
Deste blog retiramos uma atualização
feita pelo chargista das cartas do Apóstolo Paulo aos Coríntios:
Site Só Risos Abençoados!
Se houvesse internet e
email naquela época, Paulo não precisaria ter sofrido tanto com longas viagens,
perseguições, tempestades e até o tufão Eroquilão e naufrágio no Mar Adriático,
a caminho para Itália, no qual a popa do navio se abriu pela violência do mar e
os passageiros, inclusive Paulo, tiveram que se lançar ao mar. E muito menos o
anjo da guarda do Apóstolo:
Charges Gospel do Portal
Fiel
O Anjo do Apóstolo Paulo
sofria muito, não era fácil ser anjo de alguém que era perseguido pelas
autoridades romanas e que de acordo com II Coríntios 12:7, tinha um espinho na carne, que o esbofeteava sem
parar para que ele não se exaltasse. Pela charge acima, sobrou espinho até para
seu anjo da guarda!
Sobre o Apóstolo Pedro, e
o episódio conhecido como a Negação de
Pedro, no qual Pedro negou três vezes conhecer a Jesus, antes que o galo
cantasse, parece não haver dúvida, uma vez que a exegese revela que todos os
quatro Evangelhos relatam o ocorrido. Citamos apenas o relato de Mateus
26:33-35
Disse-lhe Pedro: Ainda que sejas
para todos uma pedra de tropeço, nunca o serás para mim. Declarou-lhe Jesus: Em
verdade te digo que esta noite, antes de cantar o galo, três vezes me negarás.
Replicou-lhe Pedro: Ainda que me seja
necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. Todos os discípulos
disseram o mesmo. (Bíblia na Versão Almeida Revista e Atualizada, 1999, p.53,
negrito nosso)
Site
Cenáculo Universal
O
Apóstolo Pedro, medroso e mentiroso, foi, posteriormente, transformado no primeiro Papa da Igreja, cujo
pontificado ocorreu entre 30 e 67, enquanto Judas que traiu Jesus com um beijo,
é até hoje malhado ou queimado no Sábado de Aleluia. Que pena que o Apóstolo
Pedro não conhecia o Poema Tecendo a
Manhã de João Cabral de Melo Neto:
Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
Em Êxodo, Capítulos 7 a 12 são registradas as dez pragas que YHVH envia
sobre o Egito para que Faraó libere os judeus
que são escravos ali. As dez pragas são:
1) águas transformada em sangue; 2) a invasão de rãs; 3) a invasão de piolhos 4) a invasão de moscas; 5) peste nos animais; 6) úlceras; 7) saraiva; 8) invasão de gafanhotos; 9) trevas; 10) a morte dos primogênitos. Oras, depois de tudo isto havia necessidade de Moisés fazer alguma a pergunta abaixo a Faraó?:
1) águas transformada em sangue; 2) a invasão de rãs; 3) a invasão de piolhos 4) a invasão de moscas; 5) peste nos animais; 6) úlceras; 7) saraiva; 8) invasão de gafanhotos; 9) trevas; 10) a morte dos primogênitos. Oras, depois de tudo isto havia necessidade de Moisés fazer alguma a pergunta abaixo a Faraó?:
Portal Fiel, Moisés e
Faraó
Os gaúchos e seu incrível senso de
humor parodiaram o famoso Salmo 23:
Salmo 23 – Gaúcho
O Patrão é meu Pastor,
nada vai me faltar.
Tu me faz tirar uma céstia nas coxilhas, pega minhas rédeas e me leva, devagarito, por águas tranquilas.
Esfria a minha alma, e de lambuja, me dirige por pagos de justiça, por amor do teu nome.
Ainda que a bala passasse rente as crinas deste vivente, não temeria mal algum, porque tu tá sempre do meu lado; a tua bombacha e as tuas espóras me aproxegam.
- Me prepara uma bóia, loca de especial, na frente dos home, derrama esse óleo na minha cabeça, e minha cuia vai se enche.
- Bah! – Bem capaz que tua bondade e a tua misericórdia não irá vaguear pelos dias deste indio véio, e assim, vou me encostar na casa do Patrão por longos dias.
Tu me faz tirar uma céstia nas coxilhas, pega minhas rédeas e me leva, devagarito, por águas tranquilas.
Esfria a minha alma, e de lambuja, me dirige por pagos de justiça, por amor do teu nome.
Ainda que a bala passasse rente as crinas deste vivente, não temeria mal algum, porque tu tá sempre do meu lado; a tua bombacha e as tuas espóras me aproxegam.
- Me prepara uma bóia, loca de especial, na frente dos home, derrama esse óleo na minha cabeça, e minha cuia vai se enche.
- Bah! – Bem capaz que tua bondade e a tua misericórdia não irá vaguear pelos dias deste indio véio, e assim, vou me encostar na casa do Patrão por longos dias.
E ser chargista cristão e gaúcho é um
humor duplo. Observemos como fica São João 14: 27 - Deixo-vos a
paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize – no Evangelho segundo o Gaúcho:
Site
nação jovem
Somos tão paródicos, os
brasileiros, e em especial minha terra Santa Catarina, que conseguimos ter
nosso próprio Messias, nascido não em Belém, mas em Indaial, pequena cidade
localizada no Médio vale do Itajaí. Pois é ali entre descendentes de alemãs,
italianos e poloneses, com ancestrais tapajós e carijós, que nasceu a paródia
do Messias conhecido como Inri Cristo.
Inri
Cristo
Fundador da SOUST - Suprema Ordem Universal da
Santíssima Trindade, conhecida como
Nova Ordem Mística instituída por INRI CRISTO em 28/02/1982, com sede em
Brasília. O Messias de Indaial, que vive aparecendo na mídia televisiva e
entrando em muitas polêmicas com padre Quevedo, é considerado por muitos como
louco, por alguns, como Santo e Profeta inspirado e por outros como excêntrico
inofensivo e pela articulista como figura folclórica. Ele também tem uma
discípula amada: Analgiza
Magdalena.
Inri Cristo
Inri já tem verbete na Wikipedia, a qual
reproduzimos alguns trechos abaixo:
Álvaro Inri Cristo
Thais (Indaial,22 de
março de 1948) é um líder
religioso brasileiro que proclama ser a reencarnação de Jesus
Cristo. Inri já apareceu em diversos programas de TV, rádio e podcasts,
como Programa Silvio Santos, Programa
do Jô, Programa do Ratinho, Super Pop, O Estranho Mundo de Zé do Caixão, Pânico
na TV, CQC, QG Podcast (onde debate com outras pessoas, como Padre Quevedo e Toninho
do Diabo) e Agora
é Tarde.
Inri Cristo fundou a
instituição "Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade" (SOUST)
em 28 de fevereiro de 1982 após ter praticado o "Ato Libertário" dentro da
Catedral Metropolitana de Belém.
A SOUST estava provisoriamente situada em Curitiba, até
se instalar definitivamente em Brasília no ano de 2006, local onde ele afirma
ser a "Nova Jerusalém" do Apocalipse 21.
Inri Cristo esteve
sempre cercado de muita polêmica e já deu muitas entrevistas. Foi criado por um
casal de teuto-brasileiros Magdalena e Wilhelm Thais. Seu sobrenome Thais é fruto de um erro de grafia do
original alemão Theiss.
Em 1979, afirma ter
tido a revelação de sua verdadeira identidade, após ter feito jejum durante
alguns dias em Santiago,
no Chile. Antes disso,
era conhecido como Iuri de Nostradamus,
nome que adotou como vidente e conselheiro.
Em seguida à suposta
revelação, passou a pregar sua doutrina, tendo visitado vários países da
América Latina e Europa. Foi expulso da Inglaterra e dos EUA, mas foi acolhido na França por nove meses . De volta ao Brasil, após anos
de processo por falsidade ideológica, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná reconheceu o seu direito de usar o
nome Inri Cristo junto a seu nome de batismo em todos os seus documentos.
A adoção do nome "Inri" aconteceu
depois que um jornal mexicano o publicou. Isto seria considerado o
primeiro sinal, depois da
revelação em Santiago, de que ele seria o Cristo "reencarnado". INRI, acrônimo de "Jesus de Nazaré Rei dos
Judeus" seria, segundo a revelação, o novo nome do Cristo retornado.
Em Portugal, Inri Cristo apareceu no programa "Noites
Marcianas", quando era apresentado por Carlos Cruz.
Atualmente, divulga sua doutrina através da mídia (principalmente internet e
televisão, nesta, onde debate com outros líderes religiosos e aparece em
programas de entrevista e humor (...). Fora esta divulgação, vai a
universidades dar palestras a alunos, como já aconteceu por diversas vezes em
várias cidades do Brasil, a saber Faculdade de Comunicação da UnB (Brasília 27
de novembro de 2007), UFPR (Curitiba, 17 de maio de 2000), Faculdade de
Jornalismo da Universidade TUIUTI (Curitiba, 30 de abril de 1998 e 14 de
novembro de 2001), SPEI, FAAP (São Paulo, 29 de outubro de 2003), USP (São
Paulo, 4 de maio de 2004), Faculdade de Enfermagem da Universidade UNIANDRADE
(Curitiba, 15 de setembro de 2004), UNISO (São Paulo, 29 de outubro de 2004),
Faculdade de Jornalismo da UNIBRASIL (Curitiba/PR, 17 de maio de 2005),
Faculdade de Filosofia de La Paz, Grand École Polytechnique de Paris.
Inri procura aproximar-se do público mais
jovem criando versões "místicas" de hits de artistas populares, como
Justin Bieber, Britney Spears, entre muitos outros. Os clips, sempre cantados
pelas "inriquetes".
Se alguém tem dúvida da existência do
Messias, agora não há mais problemas, temos a própria identidade emitida pelo
Estado de Santa Catarina com assinatura e tudo:
No romance O nome da Rosa (1983) de Umberto Eco, o
monge Jorge de Burgos tenta manter em segredo o suposto segundo livro perdido
de Aristóteles porque trataria do riso, escondido dentro da Biblioteca de uma
Abadia Medieval. Todos que tentavam ler o livro morriam.
O fanático Jorge de Burgos
queria destruir o livro de Aristóteles porque segundo ele o livro apresentava
uma epifânia do mundo ao avesso e o
riso possuía uma fagulha luciferina. Ele acaba comendo quase o Aristóteles inteiro,
uma vez que rasga e engole as páginas envenenadas do livro. Morre rindo por acreditar que assim havia se
tornado o túmulo do riso. Ele estava errado. A fagulha luciferina do riso não
se apagou e entrou dentro daquilo que ele mais temia: a Teologia.
O que Jorge de Burgos, os
Pais da Igreja, os Padres do Deserto e todos os teólogos medievais que
condenavam o riso diriam dos Ministros do Riso que atuam em São Paulo desde
2006, que levam a mensagem de Jesus através do Riso e da graça? São artistas
que sabem representar, dançar, cantar, e fazem humor para levar a mensagem de Jesus
adiante. São pregadores palhaços que apresentam sua versão bem humorada dos
Evangelhos em praças, hospitais e escolas. Eles se inspiraram nos Doutores da
Alegria, nos Doutores do Riso e no Cirque do Soleil. Vale a pena visitar a
páginas destes pregadores alegres que trazem Boas Novas repletas de leveza!
Os Pais do Deserto, os
Pais da Igreja, e o fanático Jorge de Burgos estavam errados: Neste mundo de
tantas tragédias, injustiças, só o humor salva.!
BIBLIOGRAFIA
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[1]
Julio de Queiroz explora este pequeno detalhe do Evangelista Marcos e cria um
conto surpreendente intitulado Enigma do Entardecer presente no livro Encontro de Abismos, terceira edição
publicado pela Insular, Florianópolis em 2007.
[2] Estela Ramos de Souza estudou este
assunto em sua dissertação de Mestrado intitulada
O Diabo ridicularizado
na literatura de Folhetos do Nordeste, defendida na UFSC em Abril de 2013.
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