Hoje, em uma situação inusitada um senhor me abordou e perguntou-me: "A senhora é a Doutora?". Ri e respondi: "Ainda não! Estou estudando". Rimos da situação e começamos a conversar.
Ficamos alguns minutos e o assunto fluiu.
Esse simpático senhor, IVALDO LOPES, é um dos poetas da ilha, morador do Saco dos Limões.
Na jovialidade e simpatia dos seus 70 anos declamou uma poesia em homenagem à figueira e muitas outras. Eu, encantada, esqueci que poderia ter gravado as poesias. Linguagem simples, temas cotidianos e reflexões profundas acerca da vida e do povo que por aqui vive.
Seu Ivaldo contou-me também que foi convidado pelo professor Lauro Junkes, então presidente da Academia Catarinense de Letras para que declamasse uma poesia. Segundo ele, fora pego de surpresa, pois fora convidado para o evento, não para declamar. De improviso, falou sobre o pão.
Então, ela declamou a poesia para mim. Muito linda!
Continuando nossa conversa, falou-me também de seus livros. Já em número de 11.
Também integrante do grupo de poetas livres.
Exposição cultural na Caieira em 20/02/2011
"Exposição cultural na comunidade do Caeira
A cultura da pipa será tema da próxima exposição
fotográfica do projeto Patrimônio Caeira. No próximo domingo,
dia 20, a comunidade do Caeira no Bairro Saco dos Limões,
em Florianópolis, terá a chance de mais uma vez se ver
retratada nos trabalhos apresentados na pracinha ao lado da
quadra da Consulado do Samba.
fotográfica do projeto Patrimônio Caeira. No próximo domingo,
dia 20, a comunidade do Caeira no Bairro Saco dos Limões,
em Florianópolis, terá a chance de mais uma vez se ver
retratada nos trabalhos apresentados na pracinha ao lado da
quadra da Consulado do Samba.
O projeto foi aprovado pelo Edital Elizabete Anderle,
de estimulo à cultura – promoção do governo do Estado,
através da Fundação Catarinense de Cultura.
O objetivo é registrar a memória cultural da comunidade
do Caeira através de fotografias, textos, encenações e material virtual.
de estimulo à cultura – promoção do governo do Estado,
através da Fundação Catarinense de Cultura.
O objetivo é registrar a memória cultural da comunidade
do Caeira através de fotografias, textos, encenações e material virtual.
As fotos serão expostas às 10h da manhã e permanecerão
até o anoitecer do dia. A partir das 14h, alunos da oficina
de teatro se apresentarão com performances baseadas no
texto do morador e poeta Ivaldo Lopes."
até o anoitecer do dia. A partir das 14h, alunos da oficina
de teatro se apresentarão com performances baseadas no
texto do morador e poeta Ivaldo Lopes."
Ouso ensaiar versos:
A Ivaldo!
Ao final de nossa conversa,
sempre pressa em terminar,
exceto pelo relógio
que insistia em se apressar.
Falamos de assuntos mil.
Falou-me de suas de suas andanças,
de seu trabalho
de suas mudanças.
Mecânico de profissão, mas poeta de coração
Andou por esse Brasil afora...
Não tem mais a juventude de outrora
Um sorriso que atravessa a face
de uma menino travesso
Que declama e sorri
Sente dores e disfarça
E continua a soltar versos
Contando das belezas deste lugar
das histórias que ouviu
e do amor que construiu
e da luta por viver.
e da luta por viver.
Ao final da conversa, senti que ganhei um dia. Saí muito feliz, mas ao mesmo tempo muito triste, pois ouvi uma única frase triste: "Estou desenganado pelos médicos, mas não vou desistir! Ainda estou vivo. E vou escrevendo poesias".
Como não se emocionar? Como não se encantar? Pessoas iluminadas que passam pelo nosso caminho.
Nossa, que emocionante... viva o poeta Ivaldo Lopes! Que bom, Rosane, este teu espaço aberto às "coisas nossas"!!!
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