28 de junho de 2016

Sobre amigos e verdadeiros amigos


Na infância nossas amizades são muito simples, basta que alguém nos dê uma bala, nos empreste um brinquedo  para que nos tornemos os melhores amigos imediatamente.
Na adolescência a amizade dependerá de interesses comuns.
E, é particularmente, nesse período que sofremos e vivenciamos as primeiras e talvez as maiores decepções relacionadas as nossas amizades.
Primeiro, descobrimos e, com muito pesar, que a nossa melhor amiga também tem uma melhor amiga e, na maioria das vezes, não é você. Isso é triste! É um baque!
Depois passada essa terrível descoberta, percebemos que nossas amigas ou amigos têm (alguns) interesses "parecidos" com os nossos.
Se você fizer parte de uma equipe (esportiva, de escoteiros etc) ou de um grupo (de dança, de leitores etc) poderá descobrir que a amizade se restringe ao desfrutar dessa atividade em comum. A amizade não ultrapassa esses momentos juntos. Não vai para casa ou para a balada. Ou até mesmo não é aquela pessoa que você procura quando realmente precisa.
A amiga da balada (ou a festeira) é aquela que restringe-se a esses momentos sociais.
A amiga das tragédias familiares. Aquela que aparece milagrosamente quando você está mais sensível.
Entre outras....
Com o passar do tempo, nossas amizades são mais seletivas. Pois percebemos que não podemos dividir nossa vida com outros. 
Aprendemos que, por vezes, é preciso preservar nossa integridade e nossa individualidade, pois com o passar do tempo as opiniões mudam.
No entanto, é preciso termos amigas com as quais podemos contar.
E o bom é que cada uma é única.
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Tem a amiga super hiper sincera. É a ela que você recorre para saber se realmente você tem algum resquício de razão em uma determinada situação. Normalmente, essa amiga não é adepta de sentimentalismos.
Há a amiga super mega engraçada, com ela você descobre que a vida é um punhado de gargalhadas.
Há a amiga atenciosa e polida. Dela você não ouve uma crítica e caso ela a faça é uma crítica coberta de eufemismos que soa quase como um elogio.
Há a amiga barraqueira - ou a que não tem papas na língua. Essa é aquela que te defende em todas as situações, mas que faz com que você se sinta intimidada ao lado dela, pois morre de medo que o barraco possa ser com você... 
Há a amiga que é quase uma consultora de trabalho - com ela você troca informações importantes sobre sua carreira e que te dá dicas valiosas.
Há a amiga boa pinta - é aquela que sabe tudo de moda, das ultimas tendências e que por vezes te dá dicas importantes e raquetadas fenomenais criticando sua calça ou sua blusa de décadas.
Há a amiga natureba - que te olha como uma extraterrestre quando você resolve "abusar" na comida.
Há amigas para todas as situações, mas há casos em que todas essas amigas se reúnem e se resumem a um único corpo. 
Por isso, cultive suas amizades, são elas que fazem com que teus dias sejam ainda melhores.


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